FONTE: Agencia Minas
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BELO HORIZONTE (07/11/11) - Começou este mês o período restritivo para a pesca em Minas Gerais. As restrições estão definidas nas portarias 154, 155 e 156, que dispõem sobre a regulamentação nas bacias hidrográficas do Leste, dos rios Grande, Paranaíba e São Francisco. As normas fixam o período de 1º de novembro de 2011 a 28 de fevereiro de 2012 para as proibições, com o objetivo de assegurar a proteção à reprodução natural das espécies de peixes nativos.
Durante a piracema, fica proibida a pesca, bem como o porte,
transporte, armazenamento, consumo e utilização de espécies nativas em
todo o Estado, sendo permitida apenas a captura de 3 kg mais um exemplar
apenas de espécies exóticas e/ou com origem em outros estados.
No período da piracema é obrigatória também a declaração de estoque
de pescado, que deverá ser feita até o segundo dia útil após o início
das proibições e protocolada junto às unidades administrativas do Instituto Estadual de Florestas (IEF) ou da Polícia Militar de Meio Ambiente.
Outras restrições podem ser consultadas nas portarias pelo link:
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Fiscalização
Diversas ações de fiscalização estão previstas em todo o período da
piracema. As operações serão realizadas nos rios e reservatórios das 17
bacias hidrográficas do Estado, em parceria com a Polícia de Meio
Ambiente. De acordo com o diretor de Fiscalização da Pesca, Marcelo
Coutinho, no período da piracema fica proibido pescar com petrechos
profissionais, sendo permitida apenas a pesca com linha de mão e anzol
simples, vara, caniço simples e carretilha. “Os pescadores flagrados
utilizando anzóis múltiplos e chuveirinhos poderão responder
administrativamente, civil e penalmente”, disse.
Fomento
Atividades relacionadas à preservação de espécies,
como cursos, seminários, palestras e encontros são promovidos durante
todo o ano pelo IEF. Parcerias com colônias de pescadores, Cemig e Polícia Militar têm como objetivo informar e orientar sobre a gestão da pesca em Minas Gerais.
Atividades educativas, como a Oficina de Pesca Mirim, realizada em
parceria com a Fundação Zoobotânica da Prefeitura Municipal de Belo
Horizonte, repassam, por meio de uma linguagem apropriada à faixa etária
de 7 a 11 anos, conhecimentos e informações importantes sobre a prática
da pesca ambientalmente correta, além de despertar nas crianças o
interesse para a conservação dos recursos hídricos e identificação das
espécies nativas de peixes existentes na Bacia do Rio São Francisco.
Outras atividades de educação e mobilização social, além do
desenvolvimento de pesquisas científicas voltadas para a pesca em Minas
Gerais também são realizadas no decorrer do ano.
Piracema
A palavra piracema é de origem tupi e significa "subida do peixe".
Refere-se ao período em que os peixes buscam os locais mais adequados
para desova e alimentação. O fenômeno acontece todos os anos,
coincidindo com o início do período das chuvas, entre os meses de
novembro e fevereiro.
A pesca é uma atividade de subsistência e os pescadores amadores
devem portar a carteira de pesca, que pode ser obtida nas unidades de
atendimento do IEF em todo o Estado, ou pelo site do instituto. A
carteira deve ser renovada anualmente.
As pessoas físicas e jurídicas que comercializam, exploram,
industrializam, armazenam e fabricam produtos e petrechos de pesca devem
se registrar junto ao IEF. Os estoques de peixe in natura, congelados
ou não, provenientes de águas continentais, existentes nos frigoríficos,
peixarias, colônias e associações de pescadores devem ser informados ao
IEF. A exigência também incide sobre os estoques armazenados por
pescadores profissionais, entrepostos, postos de venda, depósitos e
câmaras frias, em posse de feirantes, ambulantes, bares, restaurantes,
hotéis e similares.
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ass. Angelo Roncalli
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