Caco Argemi/Palácio Piratini RS - FONTE: Agencia Minas
Antonio Anastasia durante visita a Tarso Genro no Palácio Piratini
PORTO
ALEGRE (09/11/11) - A necessidade de um novo pacto federativo, reforma
tributária e gestão pública eficiente foram temas defendidos pelo
governador Antonio Anastasia,
nesta quarta-feira (9), durante evento promovido pela Federação das
Associações Comerciais e de Serviços do Rio Grande do Sul (Federasul),
em Porto Alegre. A uma plateia formada por empresários e lideranças
políticas, o governador de Minas afirmou que o Brasil precisa mudar o
seu perfil federativo, com o fortalecimento dos estados e municípios.
“O tema Federação passa a nos preocupar de maneira muito mais grave
porque chegamos à percepção e ao reconhecimento de que o Brasil precisa
mudar o seu perfil federativo, dando à Federação a sua natureza
verdadeira. É sentimento de todos os governadores, independente de
partidos, da necessidade da revisão do pacto federativo, o que engloba
não só uma questão tributária, mas também competências das diversas
áreas de políticas públicas”, afirmou Anastasia.
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A adoção de um novo pacto federativo é o caminho, segundo o
governador, para a utilização mais eficiente dos recursos públicos e,
assim, reduzir as desigualdades no país.
“Há uma hipertrofia do poder central no Brasil. Isso acontece há
décadas. Quanto mais concentrado o poder na União, mais difícil a
execução das obras, das políticas públicas como um todo. Então, quanto
mais descentralizarmos e levarmos para próximo do cidadão a esfera
competente, o município e o estado, é claro, que vamos ter mais
agilidade. Estou dizendo uma coisa que acontece no mundo inteiro. É o
modelo australiano, o modelo canadense, o modelo norte-americano, o
modelo alemão”, explicou o governador mineiro.
Reforma tributária
Em visita ao governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, no Palácio
Piratini, antes da palestra da Federasul, o Antonio Anastasia afirmou
que a guerra fiscal causa prejuízos a estados e municípios.
"A guerra fiscal é extremamente nociva à população e à economia do
Brasil, mas é uma realidade que foi instalada no país em razão das
distorções de nosso sistema tributário. Há, lamentavelmente, ausência de
uma verdadeira política nacional no Brasil. Nós fizemos, os
governadores como um todo, manifestações junto ao governo federal,
especialmente ao ministro da Fazenda, de que gostaríamos muito de
termos, de fato, a guerra fiscal encerrada. Isso se daria através de uma
reforma tributária que estabelecesse alíquotas uniformes de ICMS, desde
que os estados não tenham perda de receita. Nenhum estado tem hoje
condição ou gordura suficiente para abrir mão de receita”, disse
Anastasia.
O governador de Minas ressaltou que medidas isoladas têm sido
adotadas no decorrer dos últimos 20 anos, mas em detrimento dos estados e
municípios.
“A reforma tributária acaba que foi sendo feita, na realidade, por
pequenas parcelas. A reforma tributária, na realidade, está sendo feita
há 20 anos, só que ela está sendo feita em fatias pequenas e,
normalmente, essas fatias ocorrem em detrimento dos estados e
municípios. Só nós observarmos o que aconteceu em relação às
contribuições, que quando criadas correspondiam a cerca de 10% do
montante de tributos, e hoje equivalem a mais de 100% dos impostos,
especialmente Imposto sobre Produto Industrializado (IPI) e Imposto de
Renda”, afirmou Anastasia.
Gestão eficiente
Durante a palestra na Federasul, o governador destacou que o modelo de gestão implementado pelo Governo de Minas,
a partir de 2003, gerou importantes avanços na economia do Estado e na
melhoria da qualidade de vida da população. Ele ressaltou a importância
da gestão pública eficiente para a saúde econômica de municípios,
estados e países.
“Estamos vendo hoje na Europa, inclusive no caso italiano, a proposta
de se votar uma espécie de lei de responsabilidade, austeridade fiscal,
coisa que o Brasil já fez durante o governo do presidente Fernando
Henrique, no nosso PSDB, já na década de 90, antevendo gastos não
condizentes com a realidade financeira no poder público. Essa é uma
situação universal e, portanto, a gestão pública cada dia mais desafia
os governantes”, disse Anastasia.
O modelo mineiro de gestão é baseado no equilíbrio financeiro e
fiscal, na otimização da aplicação dos recursos e na definição de metas
que devem ser cumpridas pelo conjunto de servidores estaduais e por
todas as secretarias e órgãos estatais, garantindo serviços públicos de
alta qualidade.
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ass. Angelo Roncalli
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