ESPECIAL / ORÇAMENTO
21/11/2011 - 20h14 |
21/11/2011 - 20h14 |
Governo apresenta novo valor para salário mínimo: R$ 622,73 a partir de janeiro
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Anderson Vieira / Agência Senado
O governo elevou o valor do salário mínimo para 2012 de R$ 619,21 para R$ 622,73. O novo número consta no ofício
que o Ministério do Planejamento enviou ao Congresso nesta
segunda-feira (21) com a atualização dos parâmetros econômicos
utilizados na elaboração da proposta orçamentária do próximo ano (PLN 28/11). A diferença de R$ 3,52 deve-se à revisão do INPC deste ano, que reajusta o mínimo.
A
proposta orçamentária foi elaborada com uma previsão de INPC de 5,7%. O
número, somado à taxa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em
2010, que foi de 7,5%, projetou um mínimo de R$ 619,21 no projeto
original, equivalente a um aumento nominal de 13,6%. A atualização
elevou a inflação para 6,65%. Com a mudança, o aumento nominal sobe para
14,26% frente ao valor atual, que é de R$ 545.
A
projeção de aumento do INPC impacta os benefícios assistenciais e
previdenciários com valores iguais ou superiores ao mínimo. Para os
benefícios da Previdência, a previsão de reajuste subiu de 5,7% para
6,3%, portanto, abaixo do INPC de 2011. No geral, o governo estima que
os gastos com o Regime Geral da Previdência Social (RGPS) no próximo ano
vão subir de R$ 313,9 bilhões, número que consta no projeto original,
para R$ 320,4 bilhões.
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PIB menor
Em
relação aos demais indicadores econômicos, o governo rebaixou o
crescimento econômico para este ano, que saiu de 4,5% para 3,8%, e
manteve o valor do próximo ano (5%). A produção industrial também
apresenta uma expectativa de redução. Para este ano, a projeção cai de
2,95% para apenas 0,63%. Em 2012, o percentual reduz de 5,2% para 4,8%.
Outra diminuição é na taxa média de juros (Selic), que sai de 11,98%
para 11,69%, neste ano, e de 12,45% para 11,45% em 2012.
Em
relação à meta oficial de inflação (IPCA), o governo projetou aumento
para os dois anos. A primeira projeção era de 6,43% para este ano e de
4,9% para o próximo. Agora, a expectativa é de 6,62% e de 5,25%,
respectivamente. O número oficial para 2011 é 0,14 ponto percentual
superior ao projetado pelo mercado, de acordo com o boletim Focus do
Banco Central divulgado também nesta segunda.
A
atualização dos parâmetros econômicos é uma exigência da Lei de
Diretrizes Orçamentárias (LDO). Os números auxiliam o Congresso no
cálculo da arrecadação federal do ano posterior. O relator da receita do
projeto orçamentário, senador Acir Gurgacz (PDT-RO), poderá apresentar
uma atualização do parecer da receita antes da votação do relatório
final, em dezembro. O primeiro parecer, aprovado em outubro, elevou as receitas federais em R$ 26,1 bilhões.
Os
novos parâmetros servirão de base para a atualização das receitas para
2012, cujo relatório está a cargo do senador Acir Gurgacz (PDT-RO). Na
primeira reestimativa feita por ele - e aprovada em outubro passado -, a
receita líquida da União foi elevada de R$ 911,7 bilhões para R$ 937,8
bilhões.
Novo cronograma
O
calendário inicial de tramitação da proposta orçamentária para 2012 foi
modificado pela CMO. Conforme o presidente da Comissão, senador Vital
do Rêgo (PMDB-PB), as emendas individuais dos parlamentares, assim como
as de bancada e as de comissão, podem ser apresentadas até o dia 23 de
novembro. Terminado o prazo, elas serão encaminhadas aos dez relatores
setoriais.
Desta vez, os valores das emendas
individuais para cada deputado e senador foram fixados em R$ 15 milhões,
sendo que R$ 2 milhões devem ser direcionados necessariamente à área de
saúde.
Ainda de acordo com o novo cronograma
da comissão, o relatório final do deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP)
sobre o projeto será votado no dia 19 de dezembro no colegiado e no dia
20 no Plenário do Congresso.
Créditos
Para
terça-feira (22), a CMO tem duas reuniões marcadas: às 14h30 e às 18h.
No último encontro da comissão, na quinta-feira (17), não houve acordo
para votação de projetos com autorização de abertura de Crédito adicional para diferentes ministérios. Com isso, as matérias serão enviadas diretamente ao Plenário, onde serão votadas.
Anderson Vieira / Agência Senado(Com informações de Janary Júnior, da Agência Câmara)
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