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domingo, 13 de novembro de 2011

Produção de tomate integrada com o milho e a soja ganha força em Minas Gerais

Produção de tomate integrada com o milho e a soja ganha força em Minas Gerais

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Divulgação/Seapa - FONTE: Agencia Minas
Produtores mineiros produziram 441,8 mil toneladas de tomate em 2011
Produtores mineiros produziram 441,8 mil toneladas de tomate em 2011
BELO HORIZONTE (11/11/11) – Os produtores de tomate de Minas Gerais produziram 441,8 mil toneladas do fruto em 2011, volume 8,7% superior ao do ano passado, informa a Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), com base em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Boa parte deles faz uma rotação da cultura com o milho e a soja, que estão em fase inicial de plantio. Para quem cultiva tomate, é tempo de avaliar o mercado, sobretudo o comportamento da demanda, para programar o reinício do plantio em janeiro ou fevereiro.
Um novo aumento da produção de tomate poderá ocorrer em 2012, principalmente nas propriedades onde seu cultivo segue alternado com a produção de grãos, o que pode resultar em equilíbrio na administração das contas. “Atualmente, a receita gerada pelas lavouras de tomate em Minas Gerais é da ordem de R$ 7 mil por hectare”, informa Georgeton Silveira, coordenador estadual de Olericultura da Emater-MG, vinculada à Seapa.

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Em Lagoa Formosa, na região do Alto Paranaíba, a produção alternada é utilizada em grande escala. A safra de tomate do município, em 2011, alcançou 28 mil toneladas (40,7% da produção regional). Agora, o milho e o feijão podem ser cultivados até a definição de outros espaços para o fruto.
“Uma das vantagens da rotação de culturas é que os resíduos orgânicos mantidos no solo depois da colheita do tomate substituem parte da adubação para o novo plantio”, explica o produtor Marcos Nascimento. Ele ainda fará uma colheita do fruto este ano para completar a safra estimada de 4,2 mil toneladas e, em seguida, vai ocupar o espaço com milho ou soja.
Integrante de um grupo de cinco produtores que se dedicavam exclusivamente ao cultivo de grãos no município, Nascimento ressalta que o rodízio das lavouras é uma boa alternativa, “inclusive porque existe um limite para a utilização das áreas de tomate, que não devem atender ao cultivo do fruto em safras seguidas”.
O agricultor diz que vem obtendo resultados satisfatórios com a produção de tomate iniciada em 2010 e acrescenta que está animado com a possibilidade de aumento da receita para compensar os investimentos em tecnologia, sobretudo irrigação e adubação.
“O clima da região é um dos fatores que ajudam na produção de tomate”, observa. Neste ano, Nascimento cultivou 70 hectares. Para a próxima safra, a programação é de uma área 50% maior. Ele estima que a produção vai alcançar 6,3 mil toneladas.
Além de ser destinado ao atacado e varejo de diversas regiões de Minas Gerais, o tomate  também reforça a participação de Lagoa Formosa no entreposto da CeasaMinas, localizado na Região Metropolitana de Belo Horizonte. “Uma parte do produto é enviada para outros estados, como Goiás, São Paulo e Distrito Federal”, finaliza Nascimento.
Agricultura familiar
No Sul de Minas,  agricultores familiares participam da produção de tomates com assistência da Emater-MG. Eles trabalham em terras cedidas sem custo, com o compromisso de, depois de cada safra, devolver aos proprietários as áreas enriquecidas com os resíduos orgânicos do fruto. Essas áreas serão utilizadas no período das águas para a produção de milho e outros grãos e, após a safra, os pequenos produtores reiniciam mais um período de tomates.
José Nelson Martins é um dos 12 agricultores que se beneficiam há quatro anos do cultivo de lavouras de tomate no Sítio São João, localizado em Turvolândia. Ele está entusiasmado com as perspectivas do produto para 2012. “Os resultados obtidos até agora com tomate são animadores. Neste ano, colhemos em cinco hectares. Até o final de dezembro ou início de janeiro, vamos fazer o primeiro plantio para a safra de 2012, e em junho, o segundo, completando a ocupação de 10 hectares”, prevê.
“A produção será destinada principalmente a atacadistas e varejistas de São Paulo, que parecem dispostos a adquirir até um volume maior do que o previsto  atualmente”, acrescenta José Nelson.  Ele explica ainda que, neste ano, a cotação do tomate produzido no Sítio São João variou de R$ 17 a R$ 33, a caixa de 23Kg.
Segundo o agricultor, o grupo de produtores do Sítio São João consegue administrar os negócios sem dificuldade porque está bem organizado. “Os equipamentos de irrigação que utilizamos nas lavouras e também os insumos foram comprados em conjunto, com orientação da Emater,  que ajuda também a organizar a comercialização do tomate”, finaliza.

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ass. Angelo Roncalli

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