14/01/2012 10h09
- Atualizado em
14/01/2012 10h09
Em algumas comunidades rurais produtores perderam tudo.
Péssimas condições das estradas impedem venda da produção.
Produtores replantam mudas
(Foto: Reprodução/TV Integração)
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(Foto: Reprodução/TV Integração)
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Na cidade de São Gonçalo do Pará, no Centro-Oeste, a horticultura é a
principal atividade econômica na Comunidade Rural de Quilombo de Gaia e
grande parte da produção foi perdida por conta da chuva.
O produtor rural Marcos Vila Nova foi um dos que sentiu o reflexo da
chuva na plantação. Ele e o filho limparam a área de cinco hectares onde
havia antes uma plantação com mais de cinco variedades de verduras e já
não sabe o que fazer. “A chuva não para, a gente tenta plantar e não
consegue produzir”, afirmou o produtor.
Entre as hortaliças, a alface é uma das mais prejudicadas pelo excesso
de chuva, principalmente em plantações orgânicas. As folhas que ficam na
parte de baixo em contato com a terra apodrecem e o mesmo ocorre com as
novas na parte de cima da planta.
O produtor rural, Gilbas Mariano Silva, teve que jogar fora mais de 12
mil pés de alface fora por conta dos estragos causados pela chuva. Além
disso, perdeu a plantação de cebolinha e salsa, jiló, couve e mamão. Ele
acredita que os prejuízos ficaram em torno de R$ 15 mil.
Além da dificuldade para salvar a produção, os produtores rurais
encontram um outro desafio: as estradas rurais em péssimas condições
impedem que o que foi salvo das lavouras chegue aos consumidores. No
município de São Sebastião do Oeste, por exemplo, duas pontes foram
interditadas.
Em Carmópolis de Minas e Passa Tempo comunidades rurais estão isoladas,
cerca de dez pontes não resistiram a força da água. O escoamento da
produção, principalmente de tomate, está prejudicado. Os próprios
produtores tentam encontrar uma solução.
Há 20 dias praticamente não para de chover no Centro-Oeste mineiro. Em
alguns pontos do Lago de Furnas a água subiu cinco metros. Em Formiga,
fazendas ficaram completamente isoladas pela água e pelas péssimas
condições das estradas. Além dos buracos, a ponte de acesso a Comunidade
de Cunhas foi levada pela enchente.
Em Divinópolis, por dia cerca de 30 mil litros de leite deixam de ser
recolhidos. Em uma das cooperativas o prejuízo diário chega a R$ 40 mil.
Na maior feira livre do Centro-Oeste, boa parte dos produtores rurais
não tem aparecido. A produtora rural, Marlene Maria Coelho, conta que
muitos desistiram de plantar no período chuvoso. Já o coordenador da
feira, Argemiro de Jesus, acredita que o problema esteja relacionado a
situação das estradas.
Mas mesmo debaixo de tanta chuva e com tantos prejuízos em diversas
propriedades o plantio foi retomado. O produtor Marcos Antônio Vila
Nova, acredita que é preciso recomeçar. "A chuva pode ter levado da
gente recursos que a gente tinha, mas não levou a esperança a coragem
para recomeçar”, afirmou o produtor.
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ass. Angelo Roncalli
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