16h04m - 31 de Janeiro de 2012
Atualizado em 02h11m
Fonte: Agência Minas
O trabalho é um dos pilares da política de
humanização do sistema prisional mineiro. Hoje, há 11,5 mil presos
trabalhando em todas as unidades do Estado.
Divulgação/Seds
A produção gira em torno de 700 unidades de blocos e bloquetes por dia
Treze detentos do presídio de Oliveira, no Sul de Minas, trabalham há
cinco meses na fabricação de blocos e bloquetes. A produção, que gira em
torno de 700 unidades por dia, é destinada ao calçamento de ruas e
avenidas da cidade. O trabalho é fruto de uma parceria firmada entre a
direção da unidade prisional e a prefeitura, em agosto de 2011.
Estrutura
O galpão onde os presos trabalham tem cerca de 150 metros quadrados e
foi construído também em parceria com o município. A estrutura,
localizada no bairro Dom Bosco, foi erguida com a mão de obra dos
próprios detentos.
No local, os presos trabalham oito horas por dia manipulando materiais,
como cimento e areia, e operando betoneiras e mesas vibratórias. Além
da remição de pena - a cada três dias trabalhados, um a menos no
cumprimento da sentença, os presos recebem ¾ do salário mínimo.
Oportunidade
Além da fábrica de blocos, o artesanato é outra possibilidade de
ressocialização oferecida a 24 sentenciados do presídio de Oliveira, que
trabalham de forma autônoma dentro da unidade. Todo material produzido
pelos detentos é encaminhado às famílias para a venda.
Segundo o detento Jerônimo Geraldo Ferreira da Silva, de 30 anos, que
produz vários tipos de artesanatos, como bonés, bijuterias e tapetes de
crochê, o trabalho faz com que ele esqueça os problemas, contribui para
remição da sua pena e também ajuda seus familiares financeiramente.
“Toda semana, minha família leva os materiais que produzo e vende a
maioria deles. O dinheiro ajuda na renda familiar e na compra de
matéria-prima para que eu possa continuar a criar minhas peças”.
De acordo com a coordenadora de produção da unidade, Maria Elisa Vieira
Nunes, os presos que trabalham dentro e fora da unidade são avaliados
por uma Comissão Técnica de Classificação (CTC) formada por um
psicólogo, um assistente social, um assistente-técnico jurídico e pela
direção da unidade. “O trabalho é mais do que uma simples atividade
oferecida ao preso. Ele faz com a pessoa se sinta útil e não fique
ociosa”, disse.
Humanização
O trabalho é um dos pilares da política de humanização do sistema
prisional mineiro. Hoje, há 11,5 mil presos trabalhando em todas as
unidades do Estado, o que representa um aumento de mais de 20% em
relação a 2010. Os detentos trabalham nas mais diversas atividades, como
produção de bolas, sacolas ecológicas, equipamentos eletrônicos,
cortinas, uniformes, roupas e, até mesmo, na reforma do Mineirão para a
Copa do Mundo de 2014.
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ass. Angelo Roncalli
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