Posted: 04 Nov 2011 07:45 AM PDT - FONTE: Blog do Planalto
A presidenta Dilma Rousseff afirmou hoje (4) que o governo brasileiro
não vai contribuir para o Fundo Europeu de Estabilização, criado para
ajudar os países em crise. Segundo ela, o Brasil dará sua contribuição
ao Fundo Monetário Internacional (FMI), que deverá ter seus recursos
ampliados como forma de evitar o agravamento da crise financeira. O
assunto foi discutido pelos líderes do G20 em Cannes, na França.
Em entrevista coletiva, a presidenta Dilma descartou o repasse de
recursos do governo brasileiro para o fundo europeu, mas declarou que a
ampliação dos recursos do FMI pode garantir a “proteção do sistema”.
“Não tenho intenção de fazer contribuição direta para o fundo europeu. Nem eles têm. Eu faço [contribuição] para o FMI. Dinheiro brasileiro de reserva não pode ser usado de qualquer jeito, mas por meio de aplicação garantida. A posição do Brasil foi clara”, explicou.
A presidenta Dilma reiterou que a governança do Fundo Monetário
Internacional deve ser revista para refletir a atual correlação de
forças do cenário internacional, posição defendida também por outros
países emergentes, como a China.
Segundo a presidenta, a crise financeira, que atinge com maior
gravidade os países da Zona do Euro, pode afetar também as nações
emergentes na medida em que impacta o comércio. Os emergentes que não
dispõem de reservas internacionais, como o Brasil, também sofrem com a
fuga de capitais provocada pela crise.
“A crise afeta os emergentes de várias maneiras, por isso a gente considera a ampliação do Fundo Monetário importante para reduzir o risco sistêmico.”
Crescimento – Na entrevista coletiva após o G20, a
presidenta Dilma disse ainda que houve “consenso” entre os líderes sobre
a necessidade de retomada do crescimento econômico. Segundo ela, se a
preocupação central do encontro era a estabilidade global, ficou
evidente que ela não será alcançada sem a busca do crescimento. Por
isso, afirmou, foi discutida a proposta da Organização Internacional do
Trabalho (OIT) de criação de uma rede de proteção social para as
populações mais vulneráveis.
Outra preocupação, segundo Dilma Rousseff, refere-se ao desemprego
que atinge, sobretudo, às populações mais jovens dos países
desenvolvidos, “ao contrário do que está ocorrendo do Brasil”.
“Houve uma espécie de consenso de que é muito difícil haver uma recuperação da crise sem o processo de retomada do crescimento até porque os processos recessivos tornam não só os ajustes muito custosos, mas, em alguns casos, inviáveis”, avaliou.
Para a presidenta, se não foi um sucesso absoluto, a reunião de
cúpula do G20 alcançou o sucesso relativo, pois mostrou a força do grupo
na sustentação de políticas anticrise.
“Foi uma reunião que teve o mérito de colocar na ordem do dia, mais uma vez, a força do G20 no que se refere ao apoio, ao auxílio e à sustentação de políticas anticrise imediatas, de políticas que se dispõem a dar sustentação ao conjunto do sistema. É um sucesso relativo na medida em que os países da Zona do Euro deram um passo à frente na forma de enfrentar a crise.”
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ass. Angelo Roncalli
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