15h16m - 06 de Fevereiro de 2012
Atualizado em 01h17m
FONTE: AGÊNCIA MINAS
Equipamento é capaz de aferir a força de
pernas, braços, mãos, avaliar a velocidade dos movimentos, agilidade
para pisar nos pedais, reflexos e capacidade de visão periférica
Renato Cobucci/Secom MG
Simulador fornece resultados de forma precisa e em tempo real
Com objetivo de avaliar de forma criteriosa e moderna a capacidade de
portadores de deficiência de dirigir automóveis, motos e caminhões, o Departamento de Trânsito de Minas Gerais (Detran-MG)
conta com um simulador de movimento semelhante a um carro de verdade. O
Detran-MG é o único no país a utilizar esse tipo de simulador, que
fornece os resultados de forma precisa e em tempo real, já que é
totalmente informatizado.
“O simulador traz resultados precisos e objetivos. O risco de erro é
muito pequeno e, dessa forma, conseguimos avaliar o grau e intensidade
da deficiência do condutor. Em alguns casos, ele não está apto a
dirigir, nem com o carro adaptado. Nosso intuito é garantir a segurança
do condutor”, afirma o médico Marcelo Figueiredo, chefe da Divisão de
Seleção Médico-Psicológica do Detran-MG.
Marcelo explica que o primeiro passo do portador de deficiência que
quer tirar a carteira de motorista é consultar um médico, que irá
avaliar a situação clínica do paciente. Com o laudo em mãos, ele deve
procurar a delegacia de sua cidade ou o Detran na capital e marcar a
avaliação.
O segundo passo é o exame médico realizado por médicos do Detran, que
encaminham o condutor para avaliação no simulador. “Feito isso, o tipo
de deficiência é reavaliado e qualificado. Vamos apontar qual adaptação
será necessária no carro ou se, de fato, o candidato à carteira tem
algum tipo de problema físico que o impeça de dirigir”. Em seguida, o
candidato passa pelo exame de rua em carro adaptado.
O médico ressalta que os condutores do interior do Estado têm de vir à
capital fazer os testes, o mesmo acontece para as pessoas que adquiriram
deficiência após tirarem a primeira carteira de motorista. No caso de
renovação, não é necessário vir à capital.
Menina dos olhos
Marcelo Figueiredo classifica o equipamento como a “menina dos olhos”
do setor. Ele relata o caso de um condutor que não tinha os dois braços e
foi aprovado. “Acionamos o Denatran para ver se era possível aprová-lo e
tivemos o aval, já que o motorista sem os braços passou em todos os
testes. Já tivemos casos de condutores sem as duas pernas, não sem os
braços, mas esse fazia tudo muito bem com os pés, inclusive abrir a
porta”, conta.
O chefe da seção de Exames Especiais do Detran, José Gastão Soares
Oliveira, afirma que são feitos cerca de 30 exames por dia no
equipamento. Ele é responsável por operar a máquina. “Por ser tudo
informatizado, o simulador não deixa dúvidas. Antigamente, os exames
eram mais subjetivos e não tão precisos, por isso, é a nossa menina dos
olhos”, brinca.
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ass. Angelo Roncalli
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