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terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Epamig transforma Fazenda Experimental de Leopoldina em unidade modelo de piscicultura


15h03m - 06 de Fevereiro de 2012 Atualizado em 01h40m
FONTE: AGÊNCIA MINAS  

Novos investimentos possibilitarão a reprodução de algumas espécies nativas da Bacia do Paraíba do Sul, principalmente daquelas com estoque reduzido ou ameaçadas de extinção
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Divulgação/Epamig
Área de piscicultura da Fazenda Experimental em Leopoldina será modelo de produção de espécies
Área de piscicultura da Fazenda Experimental em Leopoldina será modelo de produção de espécies
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A Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) começa este ano a transformar a Fazenda Experimental de Leopoldina (Felp) em unidade modelo para a produção de peixes. A partir deste mês, começam a ser executados dois convênios assinados com as empresas Barra do Braúna Energética S.A. e Cemig Geração e Transmissão S.A., totalizando R$ 492 mil, que prevêem o desenvolvimento de trabalhos de reprodução de espécies nativas da Bacia do Paraíba do Sul para fomento da piscicultura na região da Zona da Mata e repovoamento dos rios. Esses recursos complementam os investimentos já realizados no ano passado, com a implantação de prédio específico para piscicultura, com infraestrutura completa para pesquisa.


Segundo o pesquisador da Epamig Thiago Archangelo Freato, os novos investimentos possibilitarão a reprodução de algumas espécies nativas da Bacia do Paraíba do Sul, principalmente daquelas com estoque reduzido ou ameaçadas de extinção, como a piabanha, piau-vermelho, curimba e o surubim do paraíba. Além disso, a estrutura da unidade modelo trará benefícios à qualidade das pesquisas em piscicultura, como reprodução, nutrição, melhoramento genético e manejo produtivo de peixes, inclusive destas espécies nativas do Paraíba do Sul.
Os equipamentos já começaram a ser adquiridos e as obras deverão estar concluídas ainda este ano, informa o pesquisador da Epamig. “Como os convênios têm prazo de três anos com a Barra do Braúna e quatro anos com a Cemig, iremos continuar a adquirir materiais de consumo para a continuidade dos trabalhos de reprodução e repovoamento ao longo desse período”, ressalta Thiago Freato. Com a nova estrutura, a fazenda experimental poderá oferecer cursos de capacitação, palestras e eventos de transferência de tecnologia; aperfeiçoar etapas de produção de peixes, como a larvicultura, alevinagem, engorda e demais manejos; e aprimorar os sistemas de recirculação e tratamento de água em caixas d’água e de reprodução de tilápias para produção de alevinos sexualmente invertidos, com a construção de uma estufa de aclimatação em cima dos viveiros de cultivo.
Os convênios prevêem ainda a realização de dias de campo para produtores da região para transferir tecnologia sobre espécies nativas e divulgação de medidas adotadas para minimizar o impacto ambiental do cultivo de peixes. Entre os benefícios previstos com os trabalhos de reprodução de espécies nativas e repovoamento dos rios da Bacia do Paraíba do Sul, estão a geração de renda para os produtores rurais, que terão a piscicultura como nova oportunidade de trabalho, a possibilidade de enriquecimento alimentar das populações ribeirinhas de baixa renda, o estímulo à pesca esportiva e o fim da pesca predatória de peixes durante a piracema. “O domínio da reprodução artificial dessas espécies possibilitará de imediato a garantia de sobrevivência e utilização dos peixes no repovoamento do sistema fluvial”, explica o pesquisador.
Infraestrutura adequada
O prédio da piscicultura da fazenda, inaugurado em julho de 2011, é resultado de convênio com a Mineração Rio Pomba Cataguases, que repassou R$ 120 mil para a instalação de galpão com sistema montado de recirculação de água para o cultivo de peixes, além de laboratório, depósito e alojamento. “Com os novos recursos, está prevista a construção de uma estufa para produção e reprodução de peixes, de um auditório, de alojamentos, além da reforma do canal de abastecimento de água e da aquisição de equipamentos destinados a realização de análises laboratoriais”, ressalta Thiago Freato.
O sistema é constituído de 21 caixas d’água de cultivo de peixes de 1000 litros cada uma, um biofiltro que funciona baseado em processos mecânicos e biológicos de filtragem, que faz o barramento do excesso de sólidos em suspensão por meio de telas, a conversão da amônia em nitrato pela ação de bactérias nitrificantes e a posterior retirada do excesso de nitrogênio e fósforo por aguapés. O sistema de aeração é individual por caixa, por meio de um compressor de ar e sistema de aquecimento automático, com resistências, sensores e termostatos. A Epamig conta com o trabalho de três pesquisadores em piscicultura na Felp: Thiago Archangelo Freato, Alexmiliano Vogel de Oliveira e Sadaaki Sobue.

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ass. Angelo Roncalli

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