02/02/2012 - 22h23
Carolina Pimentel
Repórter da Agência Brasil
Repórter da Agência Brasil
Edição: Aécio Amado
Brasília – O uso de tablet na rede pública de ensino vai
começar pelos professores do ensino médio. A partir do segundo semestre,
o Ministério da Educação (MEC) deve iniciar a distribuição dos
equipamentos para 598.402 docentes.
Os primeiros da lista são os professores de escolas que já têm internet
em alta velocidade (banda larga), que somam 58.700 unidades. A ideia é o
computador portátil chegar a 62.230 escolas públicas urbanas.
Com o tablet, o professor poderá preparar as aulas, acessar a internet e
consultar conteúdos disponíveis no equipamento - revistas pedagógicas,
60 livros de educadores, principais jornais do país e aulas de física,
matemática, biologia e química da Khan Academy, organização não
governamental que distribui aulas on-line usadas em todo o mundo.
As aulas preparadas no tablet, segundo o ministro, serão
apresentadas por meio da lousa digital, espécie de retroprojetor
combinado com computador, que muitas escolas já usam desde o ano
passado. No decorrer de 2011, foram entregues 78 mil desses
equipamentos.
Para o ministro, a tecnologia do tablet, em que os comandos podem ser acionados por meio de toques na tela, é mais “amigável” para leitura e acesso à internet em comparação a outros computadores.
Com a novidade, Mercadante espera também tornar a sala de aula mais atrativa para os adolescentes. “O ensino médio é o grande nó da educação. Os indicadores não são bons e a evasão escolar é alta. A escola não está atrativa para o jovem. Esses equipamentos fazem parte do esforço para melhorar o ensino médio”, diz.
Com a novidade, Mercadante espera também tornar a sala de aula mais atrativa para os adolescentes. “O ensino médio é o grande nó da educação. Os indicadores não são bons e a evasão escolar é alta. A escola não está atrativa para o jovem. Esses equipamentos fazem parte do esforço para melhorar o ensino médio”, diz.
Para levar o tablet à sala de aula, o MEC irá desembolsar
de R$ 150 milhões a R$ 180 milhões para comprar até 600 mil unidades
este ano. Em dezembro passado, o ministério abriu licitação para a
aquisição de 900 mil aparelhos de fabricação nacional, de 7 e 10
polegadas, com câmera, microfone e bateria de seis horas de duração.
O governo pagará quase R$ 300 pelo tablet de 7 polegadas e
aproximadamente R$ 470, pelo de 10 polegadas. No mercado, conforme o
ministério, o equipamento de 7 polegadas custa cerca de R$ 800.
Apesar do processo de compra ter sido iniciado no ano passado,
Mercadante destaca o programa como uma de suas primeiras ações no
comando do ministério. “Esse programa foi desenhado nesse período que
estou aqui”, disse, explicando que a gestão do antecessor, Fernando
Haddad, lançou o edital de compra para atender a pedidos de estados e
municípios.
As empresas Digibras e a Positivo venceram a licitação. O contrato
deve ser fechado somente em abril, após o Inmetro avaliar se os produtos
atendem às exigências do edital.
Depois de distribuir para os professores do ensino médio, o ministro
quer entregar os aparelhos para os docentes do ensino fundamental.
Ainda não há previsão sobre quando os alunos receberão o equipamento.
Apesar da chegada do tablet nas escolas, Mercadante garante que isso não significa o fim do Programa Um Computador por Aluno (UCA), que distribui laptop aos estudantes.
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ass. Angelo Roncalli
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