Complexo Industrial Superporto do Açu facilitará exportação de produtos mineiros
Wellington Pedro/Imprensa MG FONTE: Agencia Minas
Antonio Anastasia e Eike Batista durante visita às obras
SÃO JOÃO DA BARRA (06/09/11) - O governador Antonio Anastasia, acompanhado da secretária de Estado de Desenvolvimento Econômico,
Dorothea Werneck, visitou, nesta terça-feira (6), as obras de
construção do complexo industrial do superporto do Açu, no município de
São João da Barra, no Norte do Rio de Janeiro. O empreendimento da
empresa de logística LLX, do Grupo EBX, é o maior projeto de
infraestrutura em andamento na América Latina, ocupando uma área de 90
quilômetros quadrados. No total, serão investidos R$ 3,4 bilhões, com a
geração de 50 mil empregos diretos. Apenas na fase da obra, o projeto
demanda 3.500 postos de trabalho.
Anastasia foi recebido pela prefeita de São João da Barra, Carla
Machado, e pelo presidente do Grupo EBX, Eike Batista, além de vários
diretores de empresas que integram a holding. Antes de visitar o
canteiro de obras do complexo, o governador assistiu a uma apresentação
do projeto, com foco nas oportunidades de negócios para as empresas
mineiras. No fim da visita, Antonio Anastasia assinou o livro de
presença e fez o plantio de uma muda de Pau Brasil, como marco de sua
passagem pelo complexo. A expectativa é que a operação no superporto
seja iniciada em dezembro de 2012.
O Superporto do Açu facilitará a exportação de produtos de Minas
Gerais. O minério proveniente do Estado, por exemplo, chegará ao porto
por meio de um mineroduto de 525 quilômetros, vindo da mina da Anglo
American em Conceição do Mato Dentro, na região Central de Minas. O
produto será embarcado em um terminal exclusivo, com área de 500
hectares. O primeiro embarque de minério está previsto para o segundo
semestre de 2013.
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Além do minério, o superporto também será uma alternativa para o
escoamento de outros produtos mineiros, como café, açúcar e ferro-gusa.
Outra vantagem é que parte do minério será transformado em aço no
próprio complexo, que abrigará duas siderúrgicas, estaleiro e um polo
metal mecânico (incluindo uma montadora de automóveis) e uma
termelétrica. Essa integração significará mais eficiência e menos custos
para as empresas mineiras que se interessarem pelo empreendimento.
O governador Anastasia fez uma avaliação positiva da visita. Ele
ressaltou ainda que a construção do Superporto do Açu facilitará a
entrada e saída de produtos com destino a Minas Gerais.
“Estamos vendo aqui algo extraordinário. Um empreendimento
espetacular, fruto da ousadia e da coragem do empresário Eike Batista,
que está realizando algo fundamental para o Brasil. E nós, mineiros,
seremos muito beneficiados, não só pela exportação dos nossos produtos,
mas também com a possibilidade de importação de produtos que irão para
Minas, com custo menor, o que significará certamente mais
desenvolvimento para o nosso Estado”, disse o governador de Minas.
Já o empresário Eike Batista agradeceu a presença do governador de
Minas Gerais. Na sua avaliação, o Estado é um dos que mais terão
vantagem com a conclusão do projeto.
“Queríamos mostrar que o complexo industrial do superporto do Açu
pode favorecer várias empresas mineiras a exportarem seus produtos de
maneira mais eficiente e também importar mais produtos. Em Minas Gerais,
algumas indústrias não aumentam a sua produção, porque tem um gargalo
para a exportação. É um porto que está sendo construído para todo o
Brasil, mas Minas é um dos estados que vai tirar maior vantagem, como o
Rio de Janeiro e o Espírito Santo”, disse o empresário.
O complexo industrial do Superporto do Açu deverá movimentar, pelo
menos, 300 milhões de toneladas por ano, entre exportações e
importações, posicionando-se como um dos três maiores complexos
portuários do mundo.
Em construção desde outubro de 2007, o superporto é composto por dois
conjuntos de terminais que, juntos, totalizam 17 quilômetros de cais:
TX1, correspondente aos terminais offshore, com 25 metros de
profundidade, e TX2, um desenvolvimento do canal interno de navegação
com 3,5 quilômetros de extensão com mais de 13 mil metros de cais, 300
metros de largura e 18 metros de profundidade.
O complexo receberá usinas siderúrgicas, polo metal-mecânico, unidade
de armazenamento e tratamento de petróleo, estaleiro, plantas de
pelotização, usina termoelétrica, indústrias de tecnologia da
informação, duas cimenteiras, uma montadora, indústrias de autopeças, um
polo de indústrias e serviços de apoio offshore (entidade
situada no exterior, sujeita a um regime legal diferente,
“extraterritorial” em relação ao país de domicílio de seus associados). A
expectativa é que, até 2025, o complexo atraia cerca de US$ 40 bilhões
em investimentos das empresas que se instalarem no local.
Grupo EBX
A EBX é uma holding brasileira fundada em 1983 e presidida por Eike
Batista. O grupo administra negócios nos segmentos de mineração,
logística, petróleo e gás, construção naval, imóveis, energia e
entretenimento.
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