FRANCISCO SÁ (27/09/11) –
No auge do período mais crítico da seca registrado na região do Grande
Norte (Vales do Jequitinhonha e do Mucuri e Norte de Minas), o município
de Francisco Sá está recebendo mais de R$ 2,2 milhões de investimentos
viabilizados pelo Governo do Estado,
para a melhoria da oferta de recursos hídricos nas comunidades
rurais. Com população superior a 25,7 mil habitantes, cerca de 46% dos
moradores residem na zona rural, tendo como maior fonte de renda e
geração de empregos a exploração da pecuária de corte e de leite.
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Por meio dos programas Minas Sem Fome e de Combate à Pobreza Rural (PCPR), implementados pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento dos Vales do Jequitinhonha, Mucuri e Norte de Minas (Sedvan), Emater-MG
e do Instituto de Desenvolvimento do Norte e Nordeste de Minas Gerais
(Idene), o Governo de Minas está concluindo a implantação do maior
sistema de abastecimento de água em comunidades rurais do Estado,
beneficiando a localidade de São Geraldo, onde moram cerca de 300
famílias. A comunidade sofre com a falta de água potável há mais de 50
anos. Até então, a única fonte de abastecimento das famílias era através
de caminhões-pipa.
Há dois anos, em parceria com a Prefeitura, o Governo de Minas
iniciou a implantação de um sistema de captação de água no Rio Gorutuba,
distante 32 quilômetros da comunidade de São Geraldo. Já foi concluída a
construção de quatro tanques, cada um com capacidade para armazenar 100
mil litros de água. A Prefeitura agora precisa instalar hidrômetros em
cada uma das residências que passarão a receber água potável encanada. O
projeto beneficiará também 34 propriedades rurais.
“O tempo de sofrimento está acabando. Graças a Deus, depois de muitos
anos de espera vamos receber água em nossas casas e não precisaremos
mais acordar de madrugada para buscar água em baldes” – comemora a dona
de casa, Maria Elvira Rodrigues, que mora há 36 anos no local. “Apesar
de todas as dificuldades já enfrentadas aqui, foi o lugar que mais
gostei de morar. Com a solução do problema de abastecimento de água, não
terei mais motivo para pensar em ir embora” – conclui.
Segundo a dona de casa Vilma Rodrigues, nos períodos de seca, a única
fonte de abastecimento de água em São Geraldo era através de
caminhões-pipa, o que acontecia apenas em intervalos de oito dias. “Como
a água não é de boa qualidade, só podemos consumir depois de fazermos
tratamento com produtos químicos. Com a chegada de água encanada, com
certeza teremos melhor qualidade de vida”.
O comerciante João Gomes de Brito entende que “se não fosse a
iniciativa do Governo do Estado em estabelecer parceria com a
Prefeitura, arcando com a maior parte dos investimentos na implantação
do sistema de captação de água, dificilmente o município teria condições
de viabilizar a obra. Francisco Sá é um município muito grande e as
demandas são muitas. Uma obra de aproximadamente R$ 2 milhões é um
investimento muito elevado para a Prefeitura. Mas, graças a Deus estamos
prestes a sair de uma situação de muitas dificuldades. Os moradores da
comunidade estão animados, uma vez que vamos começar uma vida nova” -
comemora.
Parcerias
O secretário de Obras da Prefeitura de Francisco Sá, José Dias de
Freitas, afirma que o apoio do Governo do Estado, através da Emater, na
elaboração do projeto de captação de água foi “fundamental para
viabilizar a solução do problema de abastecimento da comunidade de São
Geraldo”.
Por sua vez, o presidente da Associação Comunitária de São Geraldo,
Helder Eduardo Ribeiro observa que a implantação do projeto “concretiza
um antigo sonho da população, uma vez que vai resolver, em definitivo,
um problema há décadas prometido”.
PCPR leva água a oito comunidades rurais
Além da solução do problema de abastecimento de água na comunidade de
São Geraldo, em Francisco Sá, o Governo do Estado também está
investindo na implantação de outros oito projetos de melhoria da oferta
de recursos hídricos em pequenas comunidades rurais.
Quase R$ 300 mil estão sendo investidos, por meio do Programa de
Combate à Pobreza Rural (PCPR) e Minas Sem Fome, na implantação de
sistemas de abastecimento simplificado de água em pequenas comunidades
rurais, beneficiando 219 famílias que, até então, eram obrigadas a
consumirem água captada em rios.
Próximo a nascentes localizadas em regiões de montanhas, estão sendo
construídos tanques com capacidade para armazenar 100 mil litros de água
potável. A água é canalizada, por gravidade, para pequenas propriedades
e residências de comunidades rurais, onde a população utiliza o produto
para consumo próprio, manutenção de hortas e criação de pequenos
animais.
Para evitar o desperdício de água, o técnico agrícola da Emater de
Franccisco Sá, Alderico Coelho Júnior, assinala que em cada residência é
instalado um hidrômetro que mede o consumo da família. Além disso,
mensalmente, a Prefeitura arrecada R$ 5,00 de cada morador, objetivando
compor um fundo que será utilizado quando houver necessidade de
manutenção do sistema de abastecimento.
O Governo do Estado já investiu mais de R$ 24 mil na implantação de
um sistema simplificado de abastecimento de água na comunidade rural de
São Domingos, contemplando 34 famílias. A chegada do benefício dá novo
ânimo para os moradores.
O produtor rural, Eduardo David Figueiredo, atesta que através da
ação conjunta do Governo do Estado com a Prefeitura, o problema da falta
de água na comunidade foi resolvido. “Agora não precisamos mais receber
água através de caminhões-pipa. Com água encanada, a vida da população
melhorou 100%”.
“Sempre prometeram que um dia o problema da falta de água nas
comunidades rurais seria resolvido. Por causa da demora, não esperava
que isso um dia acontecesse, mas agora temos água na torneira a qualquer
hora do dia”, comemoram Maria Rodrigues e Tolentino Soares Fernandes. O
casal se dedica ao plantio de feijão e milho e à criação de frangos em
uma área de um alqueire.
O produtor rural, Jeremias Ruas de Oliveira, lembra que os
investimentos do Governo do Estado em programas para melhorar a oferta
de água na zona rural são fundamentais para manter a população no campo.
“Tendo água, temos como continuar morando na roça, produzir e gerar
renda. Estamos conseguindo mudar a realidade, embora muito ainda precise
ser feito. Mas, já vemos que, através da parceria do Governo do Estado,
Prefeitura e comunidades rurais, temos condições de conviver com a seca
que é uma característica própria da região”, conclui.
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ass. Angelo Roncalli
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