Produto Interno Bruto de Minas registra crescimento de 3,4% no segundo trimestre
BELO HORIZONTE (13/09/11) - O Produto Interno Bruto (PIB) de Minas
Gerais apresentou taxa de crescimento real de 3,4% no segundo trimestre
de 2011, em relação ao mesmo período do ano anterior. Mesmo com a
evidente desaceleração do crescimento da economia em todo o mundo nos
dois primeiros trimestres do ano, a taxa do PIB mineiro de abril a junho
superou em 0,3% o resultado nacional, que foi de 3,1% no mesmo período.
COMPARTILHE:
A taxa de crescimento estadual também foi superior à nacional nos
seis primeiros meses do ano: enquanto o PIB de Minas Gerais apresentou
expansão de 4,4%, o brasileiro cresceu 3,6%.
As informações são parte do “Informativo CEI – Produto Interno Bruto
de Minas Gerais: Resultados do 2º Trimestre de 2011”, divulgado nesta
terça-feira (13), pelo Centro de Estatística e Informações (CEI) da Fundação João Pinheiro.
Já disponível no site da instituição, o documento apresenta os
resultados comentados de estimativas produzidas com metodologia própria,
considerando também dados fornecidos pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE).
De acordo com o estudo, a contenção do crédito, a elevação da taxa de
juros, a valorização da taxa de câmbio e a estagnação econômica nos
Estados Unidos e na Europa foram fatores determinantes para a
desaceleração econômica.
Segundo o pesquisador do CEI, Reinaldo Morais, as taxas de juros
muito elevadas fazem com que os investimentos sejam baixos. “O Brasil
investe cerca de 20% do PIB, enquanto a China tem investimento de 40%.
Alguns economistas afirmam que a taxa ideal deveria alcançar os 25%. Os
investimentos como proporção do PIB brasileiro já foram piores, estamos
melhorando progressivamente”, explica.
Setores
Em termos de valor adicionado bruto, a Agropecuária (-1,1%) foi o
único grande setor que apresentou decréscimo no segundo trimestre de
2011. Já a Indústria registrou mais uma vez queda em seu ritmo de
expansão, com crescimento de apenas 2,5% em relação ao segundo trimestre
do ano anterior.
O diretor do CEI, Frederico Poley, esclarece que a redução nas taxas
da agropecuária está ligada à sazonalidade de safras como a do café, que
obedece a um ciclo de bianualidade. Poley afirma que, ainda assim,
deve-se levar em conta a queda das exportações nacionais. “De forma
geral no Brasil, as exportações estão começando a sentir o declínio do
dinamismo internacional”, observa.
Em movimento contrário, o setor de Serviços, impulsionado pelo
comércio, obteve crescimento do valor adicionado bruto de 4,6% no
período abril-junho, em relação ao mesmo período do ano passado. No
acumulado de doze meses, o setor de serviços cresceu 5,7%, sendo que o
crescimento do comércio foi de 9,8%.
Subsetores
A Construção Civil apresentou crescimento de 8,5% no período, taxa
mais alta para o setor nos quatro últimos trimestres. Houve, ainda,
crescimento de 0,8% na indústria de transformação e decréscimo de -0,7%
na atividade de extração mineral.
Perspectivas
O estudo aponta que, para os próximos trimestres, embora a tendência
seja de desaceleração da economia, as taxas de crescimento do Estado
devem continuar positivas.
“Caso a taxa de câmbio continue desfavorável, a tendência é que as
exportações diminuam”, explica Reinaldo Morais. “Há também uma tendência
de redução das taxas de juros, que serão alvo de políticas de contenção
da crise, como o aumento do superávit primário e a contenção de gastos
públicos, por parte dos governos federal e estadual”, conclui.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Bem vindo, Obrigado pela participacao!
ass. Angelo Roncalli
Conheça um pouco mais do Blog | Voltar a página inicial