Tecnologia pioneira será utilizada no saneamento básico rural em cidades de Minas Gerais
Divulgação/Sedru - FONTE: Agencia Minas
Técnicos mineiros conhecem tecnologia que vai melhorar o saneamento rural
SÃO CARLOS (08/09/11) - Comitiva do Governo de Minas, formada por técnicos da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Regional e Política Urbana (Sedru) e da Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad),
visitou esta semana a sede da Embrapa Instrumentação Tecnológica, em
São Carlos (SP). O objetivo foi conhecer a tecnologia de fossa séptica
biodigestora que será implantada no Estado, visando à melhoria do
saneamento básico rural.
Para a implantação das fossas sépticas biogestoras em Minas será
realizado um projeto piloto, que vai construir aproximadamente mil
sistemas para atender a região com maior índice de contaminação por
doenças transmitidas pela água, de acordo com diagnóstico a ser feito
pela Secretaria de Estado de Saúde (SES).
O projeto, que será executado pela Secretaria de Desenvolvimento
Regional, terá investimento de cerca de R$ 1 milhão da Secretaria de
Meio Ambiente.
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O biodigestor desenvolvido pelo Embrapa tem o objetivo de substituir,
a um custo acessível para o produtor rural, o esgoto a céu aberto e as
fossas sépticas, além de utilizar o esgoto tratado como adubo orgânico,
melhorando assim o saneamento rural e desenvolvendo a agricultura
orgânica.
Para a subsecretária de Desenvolvimento Regional, Beatriz Morais, a
instalação desse sistema será um avanço para o saneamento do Estado.
“Será um projeto pioneiro em Minas. Nas localidades rurais do Estado os
dejetos das famílias são depositados em fossas sépticas e não há nenhum
tipo de tratamento. Com a implantação do biodigestor, as famílias terão
seu esgoto tratado e reutilizado como adubo orgânico”, explica.
Além da subsecretária Beatriz Morais, a comitiva foi composta também
pelo subsecretário de Gestão e Regularização Ambiental Integrada, Danilo
Vieira; e pela diretora de Execução de Projetos de Saneamentos da
Secretaria de Desenvolvimento Regional, Valéria Nascimento.
O sistema
A fossa séptica biodigestora, desenvolvida pela Embrapa, é composta
por três caixas-d'água conectadas entre si e enterradas para manter o
isolamento térmico. A primeira delas é ligada ao sistema de esgoto e
recebe, uma vez por mês, 20 litros de uma mistura com 50% de água e 50%
de esterco bovino fresco. Esse material, junto com as fezes humanas,
fermenta. A alta temperatura e a vedação das duas primeiras caixas
eliminam os patógenos. No final do processo, o líquido está sem
micróbios e pode ser usado como adubo.
Pelos estudos da Embrapa, esse tipo de sistema é ideal para uma
família composta por cinco pessoas, que despeja 50 litros de água e
resíduos por dia. Estima-se que, para cada fossa, sejam investidos R$ 1
mil.
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ass. Angelo Roncalli
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