28/10/2011
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Amanda Cieglinski Repórter da Agência Brasil
Brasília – A Justiça Federal no Ceará deu prazo de 72 horas ao
Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) para que
se manifeste sobre o pedido do Ministério Público Federal no estado de
anulação total ou parcial das provas do Exame Nacional do Ensino Médio
(Enem) aplicadas no último fim de semana.
O MPF-CE propôs ontem (27) uma ação civil pública pedindo que o Enem
fosse cancelado ou que as questões que vazaram na fase de pré-teste do
exame por meio de apostila distribuído pelo Colégio Christus, de
Fortaleza, fossem anuladas. O juiz federal Luiz Praxedes Viera da Silva
só se manifestará após o prazo estipulado, que termina na manhã de
segunda-feira (31).
O MEC e o Inep informaram que já estão preparando a defesa e entregarão as informações no prazo determinado pela Justiça.
O pedido de anulação foi feito após a notícia de que estudantes do
colégio cearense receberam uma apostila, semanas antes da prova do Enem,
com 14 questões idênticas às do exame nacional. Os itens fizeram parte
de um pré-teste do Enem, do qual alunos do Christus participaram em
outubro de 2010. De acordo com o procurador, como os alunos tiveram
acesso antecipado às questões, o exame deveria ser anulado porque houve
violação do princípio da isonomia.
O pré-teste é feito pelo Inep para avaliar se as questões em análise
são válidas e qual é o grau de dificuldade de cada uma. Os cadernos de
questões do pré-teste deveriam ter sido devolvidos após a aplicação e
incinerados pelo Inep. A Polícia Federal investiga se houve fraude na
aplicação do pré-teste. O Ministério da Educação decidiu cancelar as
provas do Enem dos alunos do Christus. Eles terão uma nova chance de
fazer o exame no fim de novembro.
Edição: Vinicius Doria//Matéria ampliada às 15h47
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