Aleijadinho (1738-1814)
11/01/2010 07:55 - Portal Brasil
O barroco entrava em declínio na Europa, quando Antônio Francisco
Lisboa, o Aleijadinho, criou sua obra magistral, o Santuário de Bom
Jesus dos Matosinhos, conjunto de esculturas dos doze profetas que
acolhem o visitante e o guiam pelas escadarias até o adro da Igreja de
Bom Jesus dos Matosinhos, na hoje Congonhas do Campo, Minas Gerais. A
acolhida e a orientação dos visitantes pelas escadarias que levam ao
adro foram planejadas pelo escultor nos movimentos de cada um dos
profetas: braços levantados em direção aos céus, rosto voltado para esta
ou aquela direção ou, ainda, nos gestos de desenrolar os pergaminhos
com mensagens para os fiéis. Nessa obra, Aleijadinho concretiza o ideal
de integração entre arquitetura e escultura, pois é também o autor do
projeto arquitetônico do espaço em que se situa o conjunto.
O
português Manuel Francisco Lisboa engravidou Isabel, a escrava com quem
vivia maritalmente. Ao nascer a criança, registrou-a como filho, para
impedir que se tornasse escravo. É provável que tenha nascido em 1738,
porque sua certidão de óbito, aos 76 anos de idade, data de 1814, mas há
controvérsia. Foi criado na época imediatamente posterior às grandes
descobertas de ouro (no final do século XVII), que deram à região o nome
de Minas Gerais.
A cidade em que nasceu, cresceu e trabalhou, hoje Ouro Preto,
chamava-se então Vila Rica de Albuquerque, mais tarde Vila Rica, terra
dos inconfidentes. Antônio Francisco Lisboa recebeu do pai arquiteto a
profissão e se aprimorou com outros mestres da época, estudando
arquitetura, desenho e escultura. Na condição de arquiteto, projetou
igrejas, torres, frontões, púlpitos, lavabos de sacristias. É
significativo o conjunto de sua obra de escultor, embora haja dúvidas
sobre parte delas, que podem ter sido feitas por seus discípulos.
Os estudiosos o consideram legítimo representante do barroco, mas um barroco modificado, com uma característica especial: o uso da pedra-sabão como material. Nas imagens dos apóstolos, onde alguns dizem estarem retratados os contemporâneos inconfidentes, Aleijadinho trabalha muito o panejamento das vestes, dobras; barbas e cabelos seguem o mesmo padrão, criando um jogo de luz e sombra nas reentrâncias, característica do barroco.
A partir dos 50 anos, uma doença degenerativa destruiu-lhe os dedos dos pés, alguns das mãos, originando o apelido de Aleijadinho. Suas feridas pioravam à luz do sol. Por isso, usava capas pretas e vivia na semi-obscuridade, caminhava ajoelhado ou carregado. No final da vida trabalhou com os instrumentos amarrados às mãos.
Os estudiosos o consideram legítimo representante do barroco, mas um barroco modificado, com uma característica especial: o uso da pedra-sabão como material. Nas imagens dos apóstolos, onde alguns dizem estarem retratados os contemporâneos inconfidentes, Aleijadinho trabalha muito o panejamento das vestes, dobras; barbas e cabelos seguem o mesmo padrão, criando um jogo de luz e sombra nas reentrâncias, característica do barroco.
A partir dos 50 anos, uma doença degenerativa destruiu-lhe os dedos dos pés, alguns das mãos, originando o apelido de Aleijadinho. Suas feridas pioravam à luz do sol. Por isso, usava capas pretas e vivia na semi-obscuridade, caminhava ajoelhado ou carregado. No final da vida trabalhou com os instrumentos amarrados às mãos.
Fonte
Livro 100 Brasileiros (2004)
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ass. Angelo Roncalli
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