As
ações integradas de tratamento a dependentes químicos voltaram a ser
defendidas no Senado Federal. Os senadores Wellington Dias (PT/PI) e Ana
Amélia (PP/RS), integrantes da Comissão especial que discute o
problema, usaram dados da Confederação Nacional de Municípios (CNM) para
alertar que as drogas, além de gerarem violência, acarretam prejuízos
financeiros ao país, e por isso, necessitam de mais atenção do poder
público.
Os dois senadores consideraram favoráveis as medidas adotadas pelos governos estadual e municipal de São Paulo na Operação Cracolândia,
que ocorre desde o dia 3 de janeiro e busca acabar com o tráfico e o
consumo na região. Todavia, eles resaltam aquilo que a CNM também
recomenda aos gestores: investimentos em tratamento e reiserção dos
dependentes químicos na sociedade.
Os
prejuízos, segundo Dias, vão desde os gastos com usuários doentes,
principalemnte que contraem doenças como a Aids; pessoas que deixam de
trabalhar e dependem da Previdência Social; gastos com ações policiais; e
até mesmo assaltos a bancos, casas, carros, cometidos por dependentes
em busca de financiar o vício.
Senadores defendem uniãos dos entesNa opinião da relatora da Subcomissão Temporária de Políticas Sociais sobre Dependentes Químicos de Álcool, Crack
e Outras Drogas, Ana Amélia, ações pontuais como a de São Paulo ainda
não resolvem o problema. “Praticamente todos os Municípios convivem com
essa chaga. É necessário não só o engajamento do Congresso e do governo,
mas de toda a sociedade, e atitudes mais enérgicas contra o
traficante”, defende.
A posição
de Wellington Dias é a mesma do presdiente da CNM, Paulo Ziulkoski.
Eles acreditam que, para enfrentar o Crack, deve haver articulação entre
União, Estados e Municípios. E que os gestores municipais sozinhos não
têm condições de acabar com esse mal preocupante e evidente em mais de
4.400 Municípios, segundo dados da Confederação. “Precisamos atuar de
forma integrada. O Brasil precisa trabalhar na prevenção, no tratamento e
na reinserção social dos usuários de drogas”, reafirma o senador.
Estudo CNMApós
entrevistas com mais de 4.400 prefeitos ou secretários municipais, a
CNM comprovou por meio de dados a dimensão do Crack e outras drogas
ilícitas no Brasil. O estudo aponta um total de 98% dos Municípios com
este problema. Os getsores ouvidos se mostraram preocupados com
crescente número de usuários, que consequentemente engrossam a violência
local. Nenhum outro levantamento sobre o Crack havia sido feito no país
antes do apresentado pela Confederação.
A CNM criou um hotsite, o Observatório do Crack, para divulgar boas ações desenvolvidas e compartilhar dados com os setores interessados em acabar com as drogas no país. Acesse www.cnm.org.br/crack e conheça mais sobre essa iniciativa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Bem vindo, Obrigado pela participacao!
ass. Angelo Roncalli
Conheça um pouco mais do Blog | Voltar a página inicial