BELO HORIZONTE (13/01/12) - A Lei Estadual de Incentivo à Cultura
(LEIC) de Minas Gerais registrou número recorde de projetos aprovados em
seu Edital 2011, para captação em 2012. Dos 1.954 projetos inscritos,
1.673 foram aprovados, 33,09% a mais que no Edital 2010, para captação
em 2011. O total aprovado para captação é de R$ 321.984.000,00, um
aumento de 30% em relação ao valor de 2010.
A lista dos projetos aprovados encontra-se no site: www.cultura.mg.gov.br.
Áreas de atuação
O Edital LEIC 01/2011 apoiou projetos e trabalhos prioritariamente
artístico-culturais em suas nove áreas de atuação, visando à criação,
experimentação, pesquisa, excelência artística ou ainda à preservação e à
proteção do patrimônio material e imaterial. Os trabalhos aprovados
farão a captação e execução a partir de janeiro de 2012. A aprovação do
incentivo atendeu às especificações contidas no Edital LEIC/2011 e da
análise técnica, artístico-cultural, financeira e de fomento realizada
pelas Câmaras Setoriais Paritárias, compostas por 54 pareceristas.
Do total aprovado, 56,07% são projetos oriundos da capital e 43,93%
do interior. A secretária também chama a atenção para o fato de que as
ações no interior são muito intensas, já que existem vários proponentes
de Belo Horizonte que têm projetos com diversas ações focadas no
interior. “Existe uma infinidade de projetos na área da música,
festivais, mostras e circulação de grupos pelo interior do Estado que
favorecem, ainda mais, a democratização do acesso à cultura com o
benefícios da Lei”, ressalta Eliane Parreiras.
Resultados de captação de 2011
A Secretaria de Estado de Cultura comemora os investimentos recordes
em 2011. Foram investidos mais de R$ 87 milhões na cultura do Estado em
2011, por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura, sendo
aproximadamente R$ 70 milhões de renúncia fiscal. Para 2012, a
expectativa é de que esses investimentos cresçam e se diversifiquem
ainda mais.
Para Eliane Parreiras, a legislação de incentivo à cultura de Minas
Gerais é uma das que melhor funciona em todo o país, tendo, inclusive, a
participação da sociedade civil na escolha dos projetos. “Ao longo das
últimas edições, foram criados diferentes patamares de renúncia fiscal
(3%, 7% e 10% em relação às empresas que pagam ICMS), tornando a Lei
ainda mais ampla e inclusiva, simplificando processos para atrair
projetos de todas as regiões do Estado, valorizando, assim, a
diversidade cultural, o intercâmbio entre a cadeia produtiva cultural e
artística mineira, a sustentabilidade e a geração de renda”, avalia a
secretária.
De acordo com a superintendente de Fomento e Incentivo à Cultura,
Nora Vaz de Melo, a utilização da verba de 0,30% da renúncia fiscal
direcionada para o incentivo reflete o trabalho de sensibilização que a
SEC realiza junto aos departamentos de marketing e contabilidade das
empresas. “Essa ampliação aponta que as empresas estão buscando os
projetos culturais para difundir a sua marca, seus valores perante aos
funcionários e a comunidade em que está inserida”, comenta.
Sobre a lei
Criada há 12 anos, a Lei Estadual de Incentivo à Cultura é um
instrumento de apoio às iniciativas culturais realizadas em Minas
Gerais, por meio de renúncia fiscal. O mecanismo da lei permite que as
contribuições de pessoas jurídicas aos projetos culturais sejam
deduzidas do imposto estadual devido pelas empresas.
O objetivo da LEIC é contribuir para a continuidade e aperfeiçoamento
das demandas já existentes, além da criação e implementação de novas
ideias de convergência entre cultura e arte.
A LEIC media a interlocução entre empreendedor e incentivador,
aproximando produtores, artistas, investidores e público, contribuindo,
dessa forma, para dinamizar e consolidar o mercado cultural em Minas
Gerais.
Entre 1998 e 2010 foram aprovados aproximadamente 10 mil projetos,
distribuídos nas 10 regiões do Estado. Desse total, 62% foram
incentivados, a um custo estimado de R$ 370 milhões.
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ass. Angelo Roncalli
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