18h34m - 24 de Fevereiro de 2012
Atualizado em 02h53m
Dados do Ministério da Saúde atestam êxito das políticas públicas do Governo de Minas
Minas Gerais segue buscando os índices para que o Estado seja o melhor
do Brasil para se viver. Dessa vez, a boa notícia vem dos esforços para a
redução da Razão de Mortalidade Materna (RMM). Dados preliminares do
Ministério da Saúde mostram que a RMM de 2011 foi de 32,09 óbitos a cada
grupo de 100 mil nascidos vivos, número 29% menor que os 44,69 para
cada 100 mil nascidos vivos apurados em 2010.
Márcia, que é obstetra, explica que a RMM é um indicador importante
para determinar as condições de vida e de saúde de uma população. A RMM é
calculada tomando-se o número de óbitos maternos, em cada cem mil
nascidos vivos, em um determinado lugar, por um determinado período
temporal. As atividades desenvolvidas para conter a mortalidade materna
são concentradas na atenção ao planejamento familiar, ao pré-natal, no
parto, puerpério (fase pós-parto) e aos cuidados à criança de 0 a 1 ano
de vida.
Com base nos dados disponibilizados pelos sistemas oficiais,
diagnosticou-se, em 2005, que mais de 50% das causas de morte materna em
Minas, eram decorrentes das chamadas causas obstétricas diretas. “Essas
causas são as que mais facilmente podem ser evitadas com assistência
adequada ao pré-natal e ao parto”, analisa. Os primeiros investimentos
visando fortalecer a rede de atenção à saúde da mulher e da criança
ocorreram no período de 2003 a 2005. O Governo de Minas investiu R$ 80 milhões na construção de 37 Centros Viva Vida e mais R$ 20 milhões/ano para custeio, dentre outras ações.
Investimentos
Segundo Márcia Rovena, os programas e ações voltados para atenção à
criança e gestante que já vinham sendo desenvolvidos com recursos
federais e de outros órgãos foram incorporados ao Viva Vida. Com
investimentos do Estado, foram ampliados e/ou implementados o Sistema de
Referência Hospitalar para Atendimento à Gestante de Alto Risco; o
Programa de Humanização do Pré-Natal, Parto e Nascimento - PHPN; o
Incentivo ao Aleitamento Materno – Acompanhamento do Crescimento e
Desenvolvimento – Controle das Doenças Prevalentes na Infância -
Credenciamento de Hospitais na Iniciativa Hospital Amigo da Criança –
IHAC; e o Programa Estadual de Triagem Neonatal, conhecido como Teste do
Pezinho.
No nível de atenção primária, foram destinados equipamentos para 2.500
equipes do Programa Saúde da Família (PFS) e 1.000 Unidades Básicas de
Saúde (UBS) em 707 municípios do Estado; e ainda foram construídos até o
momento, 1.634 UBS em 820 municípios e formadas 4.039 equipes de saúde
da família.
Já a atenção secundária recebeu equipamentos para 120 hospitais que
atendem à gestante de risco habitual no Estado e também a criação dos
Centros de Viva Vida. “Existem hoje 19 centros implantados e em
funcionamento. A previsão é que mais sete unidades sejam implantadas até
o final deste ano. Além dos 15 hospitais já existentes, financiados
através de projeto do Governo Federal, outros 27 foram aprovados pelo
Estado, para ampliar a rede,” conta Márcia Rovena.
Na atenção terciária, 55 leitos de UTI Neonatal em dez hospitais do
Estado receberam equipamentos. Para a Gestação de Alto Risco, ainda
dentro do programa, surge a proposta de expansão da rede hospitalar de
atendimento à gestante de alto risco e a implantação da casa de apoio à
gestante.
A Casa de Apoio à Gestante é uma instalação anexa às maternidades, na
qual as Gestantes de Alto Risco permanecem com cuidados qualificados
antes mesmo da data do parto. Atualmente, há seis casas em funcionamento
e outras duas em construção.
A médica explica, ainda, que a atenção secundária em Minas, como nos
demais estados, constitui-se em um dos maiores desafios para os gestores
do SUS. “A oferta existente de serviços neste nível de complexidade em
relação à crescente demanda pela assistência é um dos problemas mais
críticos no contexto de funcionamento do sistema. A proposta inicial
para mudança desta realidade é a criação dos Centros Viva Vida de
Referência Secundária, com o propósito de oferecer atendimento
especializado em saúde sexual e reprodutiva de mulheres e de homens,
dentro da perspectiva de gênero e direitos reprodutivos e de atenção à
criança de risco”.
Para que as gestantes tenham conhecimento da qualidade do atendimento a
que têm direito, foi elaborada uma cartilha com linguagem adequada para
as usuárias. Com relação a óbitos, foram implantados Comitês de
Prevenção do Óbito Fetal e Infantil e de Prevenção do Óbito Materno que
tem o objetivo de identificar a morte, com uma notificação real e
adequada, investigando a sua causa, permitindo um diagnóstico e
melhorando a qualidade das informações em saúde.
Entre as ações mais recentes no setor, destaca-se o projeto Mães de
Minas. Lançado em agosto de 2011, a iniciativa visa acompanhar e
orientar gestantes e mães com crianças de até um ano deidade, de forma a
garantir às famílias, especialmente as mais vulneráveis, um ambiente
mais seguro e acolhedor aos seus bebês.
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ass. Angelo Roncalli
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