15h43m - 29 de Fevereiro de 2012
Atualizado em 22h20m
FONTE: AGÊNCIA MINAS
Contrariando as estatísticas, desemprego no mês de janeiro é o menor já registrado pela PED
Divulgação/Sete
Em comparação com janeiro de 2011, a queda na taxa de desemprego da RMBH é de 33,2%
A Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) divulgada, nesta quarta-feira (29), pela Secretaria de Estado de Trabalho e Emprego (Sete), Fundação João Pinheiro (FJP)
e Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos
(Dieese) apontou estabilidade na taxa de desemprego total, passando de
5,2% em dezembro de 2011, para 5,1% da População Economicamente Ativa
(PEA) em janeiro deste ano. Esse é o menor índice entre as sete regiões
metropolitanas pesquisadas e também o único, além de Recife, em que
houve queda. Em São Paulo, Salvador, Fortaleza e no Distrito Federal
houve crescimento na taxa de desemprego em relação ao último mês.
Para a coordenadora da PED pelo Dieese, Gabrielle Selani, a relativa
estabilidade do desemprego na RMBH representa um resultado positivo para
o mês de janeiro. “Este início de ano teve um movimento diferente em
relação aos anteriores, mantendo relativa estabilidade em janeiro, mês
que normalmente é de desaceleração da economia e, portanto, de
crescimento da taxa de desemprego. Foram gerados 14 mil postos de
trabalho na RMBH e esse número foi suficiente para absorver as 12 mil
pessoas que se inseriram no mercado de trabalho e ainda retirar 2 mil
pessoas da situação de desemprego”, afirmou.
“Esses números demonstram que a economia mineira continua apresentando
resultados cada vez mais impressionantes, sem apresentar desgastes,
especialmente pelo fato de que 2010 foi um ano excepcionalmente
positivo, o que dificultaria em termos relativos os números de 2011”,
afirma o coordenador do Observatório do Trabalho da Sete, Igor Mendonça.
Em comparação com janeiro de 2011, a queda na taxa de desemprego foi de
33,2%, maior queda da série histórica, iniciada em 1996. Em 2011, a
queda verificada em relação ao ano anterior foi de 5,1%, e, em 2010, foi
de 7,7%. O tempo médio de procura por trabalho despendido pelos
desempregados também baixou, passando de 27 semanas em dezembro para 26
semanas em janeiro. Em janeiro de 2011, esse tempo era de 41 semanas.
Rendimentos
A pesquisa apontou ainda aumento de 2,2% no rendimento real médio dos
ocupados na Região Metropolitana de Belo Horizonte entre dezembro de
2010 e dezembro de 2011, passando de R$ 1.432 para R$ 1.464. Esse é o
melhor resultado aferido desde o mês de outubro de 2010.
De acordo com a PED, o salário real médio cresceu, no período anual,
2,6%, ao passar de R$ 1.404 para R$ 1.440. No setor privado, foram
registrados acréscimos do salário médio na indústria (5,1%) e no
comércio (0,9%), e redução no setor de serviços (3,3%). Entre os
assalariados com carteira assinada, houve ligeiro decréscimo (0,2%) no
rendimento médio, e entre os sem registro em carteira o rendimento
aumentou (5,4%). Entre os autônomos, o rendimento médio apresentou
acréscimo de 9,4%.
Segundo Igor Mendonça, o rendimento vinha demonstrando queda desde
abril de 2011, a uma taxa média de 5%. O mês de dezembro, contudo,
apresentou uma taxa positiva de 2,2%, quebrando a tendência de baixa.
Ocupação por setores
Em comparação com o mês de dezembro de 2011, a PED registrou acréscimo
de 15 mil postos de trabalho na construção civil e de 4 mil na
indústria. O setor de serviços sofreu redução de 6 mil postos e o
comércio e o agregado “outros setores” apresentaram estabilidade.
Comparando janeiro de 2012 a janeiro de 2011, houve acréscimo de 66 mil
postos de trabalho no setor de serviços e de 17 mil na construção civil,
e redução de 5 mil postos no agregado “outros setores”.
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ass. Angelo Roncalli
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