ESPECIAL
27/02/2012 - 19h04
27/02/2012 - 19h04
Da Redação / Agência Senado
O
acidente que praticamente destruiu a base brasileira na Antártica,
causando a morte de dois militares, mobilizou os senadores nesta
segunda-feira (27). O presidente da Comissão de Meio Ambiente,
Fiscalização e Controle (CMA), senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF),
anunciou a realização de uma audiência pública para tratar do caso. A
Estação Antártica Comandante Ferraz, inaugurada em 1984, foi atingida
por um incêndio no último sábado (25).
A
audiência para discutir o acidente e os próximos passos do Programa
Antártico Brasileiro (Proantar) será realizada em conjunto pela CMA e
pelas Comissões de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e
Informática (CCT) e de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE),
provavelmente no dia 6 de março.
Rollemberg
lamentou o acidente na base, em particular a morte dos dois militares
que tentavam controlar o incêndio, mas fez questão de elogiar o
Proantar. Segundo o senador, o programa é uma das grandes conquistas
nacionais, por conta das pesquisas científicas relevantes, que colaboram
com o desenvolvimento do país.
Em nota
divulgada ainda no sábado, antes da notícia das mortes dos militares, o
presidente da CCT, senador Eduardo Braga (PMDB-AM), manifestou
solidariedade a todos os envolvidos nos trabalhos na base. Ele destacou o
trabalho dos militares e dos cientistas brasileiros na Antártica, que
considera "de importância vital para o presente e o futuro do nosso país
e do planeta".
Os senadores Ana Amélia (PP-RS) e
Sérgio Souza (PMDB-PR) pediram, nesta segunda, o esforço do governo
brasileiro para reconstruir a base o mais rápido possível, a fim de
permitir a retomada das pesquisas.
- Esperamos
que o governo brasileiro investigue com precisão e agilidade as causas
do acidente e garanta a reconstrução da nossa base de estudos na
Antártica de forma mais segura e muito mais avançada - disse Ana Amélia.
Também
lamentando as mortes e os estragos na base brasileira, o senador Alvaro
Dias (PSDB-PR) criticou o governo federal pelos cortes nos repasses de
recursos para as pesquisas na Antártica. Segundo ele, o orçamento do
Proantar passou de R$ 18 milhões, em 2011, para R$ 10 milhões, em 2012.
Além disso, do montante previsto para o ano passado, só R$ 9,2 milhões
foram efetivamente liberados.
- O incêndio, o
naufrágio e o estrago no navio dão ideia da penúria que assola esse
programa brasileiro - afirmou o senador, referindo-se também a uma
embarcação da Marinha que afundou perto da base em dezembro.
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ass. Angelo Roncalli
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