22/03/2012 - 11h22
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, garantiu que a Lei Geral da Copa será aprovada e que o atraso da votação da matéria pelo Congresso Nacional não comprometerá o calendário previsto para o evento. O ministro admitiu que o prazo ideal para a aprovação da lei era março, mas que o governo já trabalha com a hipótese de que isso só ocorra em abril.
De acordo com o ministro, a matéria não avançou da forma planejada –
pelo menos inicialmente – pelo governo federal. “O prazo que nós demos
era de a lei ser aprovada no mês de março. Se não for cumprido, faremos
todos os esforços para que seja aprovada em abril”, disse. “Mas nós
vamos aprovar a lei”, garantiu.
O ministro lembrou que, no Congresso Nacional, ninguém nunca escapou
de derrotas. "Nem mesmo o governo militar. O Congresso, às vezes, toma
decisões que contrariam o governo. É natural. Aconteceu com todos os
presidentes”, disse.
O fato de os parlamentares da oposição condicionarem a votação da
Lei Geral da Copa ao Código Florestal não preocupa o ministro. “Não
creio que [a votação] vá demorar tanto. São matérias importantes e creio
que, como sempre aconteceu, depois de debates e discussões, o Congresso
chegará a uma conclusão, votará e resolverá a questão.”
Rebelo reiterou que a questão de autorizar a venda de bebidas nos
estádios, um dos pontos mais polêmicos da Lei Geral, será objeto de lei
federal e que, por isso, as legislações estaduais divergentes estariam
subordinadas.
“O projeto enviado modifica uma lei, suspendendo essa proibição
apenas durante o evento da Copa do Mundo. Nossa interpretação é que a
modificação de uma legislação federal subordina a legislação estadual.
Portanto, o projeto do governo resolve essa questão também para os
estados. Claro que essa não é a única interpretação. Mas é a nossa
interpretação”, argumentou o ministro.
“Quando assinamos as garantias [com a Fifa], assinamos a garantia de
permissão de venda de bebida. Poderíamos não ter assinado ou poderíamos
não ter nos candidatado. Mas assinamos e achamos que é bom cumprir
aquilo que foi acordado”, acrescentou.
Durante a gravação do programa Bom Dia, Ministro, Rebelo
disse que a Copa vai gerar, no Brasil, 300 mil empregos diretos e outros
300 mil indiretos. “O Brasil já fez e fará coisas muito mais
importantes e difíceis do que uma Copa do Mundo. É o evento mais
disputado do planeta, desejado por Estados Unidos, países árabes,
europeus... Mas é o Brasil quem conquistou essa oportunidade”.
“As imagens do país, geradas pelos turistas, serão vistas por
familiares e amigos em todas as partes do mundo. Sou otimista e tenho
confiança na possibilidade de o Congresso votar e aprovar a lei, e dar
ao país a tranquilidade do cumprimento dos seus acordos internacionais”,
completou o ministro.
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ass. Angelo Roncalli
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