Terça-feira, 3 de abril de 2012 às 12:25 (Última atualização: 03/04/2012 às 13:37:53)
BLOG DO PLANALTO
No pacote de medidas anunciado hoje (3) no Palácio do Planalto
para fortalecer a economia brasileira e estimular a indústria, o governo
reduziu os juros, aumentou o volume de crédito e melhorou as condições
de financiamento do Programa de Sustentação do Investimento, que recebeu
um aporte de R$ 45 bilhões do Tesouro Nacional. Em discurso, a
presidenta Dilma Rousseff afirmou que as medidas vão permitir que as
empresas invistam na expansão da produção, na modernização do processo
produtivo, e na geração e incorporação de inovações.
“São medidas que têm como grande objetivo reduzir custos para a
competitividade e assegurar valor agregado para o Brasil e, de outro
lado, impulsionar o investimento e a inovação”, completou o presidente
do BNDES, Luciano Coutinho.
O setor automotivo também recebeu incentivos para atrair
investimentos e aumentar o conteúdo regional, que será medido pelo
volume de aquisições de peças e insumos estratégicos. As novas regras
passam a valer a partir de 2013. O setor terá também que investir pelo
menos 0,15% de sua receita operacional bruta em pesquisa e
desenvolvimento.
“Quem não conhece o setor, pode achar que é pouco, mas, infelizmente,
a maior parte das empresas investe menos do que isso”, afirmou o
ministro do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio
Exterior, Fernando Pimentel.
Comércio exterior - Para os setores que atuam no
mercado externo e concorrem com produtos importados, o governo anunciou
uma ampliação do Programa de Financiamento à Exportação (Proex), que
contará com R$ 3,1 bilhões.
“Estamos facilitando as operações de comércio exterior. Não é
protecionismo. O Brasil é contra o protecionismo, mas não podemos
assistir inertes às manipulações, ao protecionismo disfarçado que os
países praticam”, disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega.
Banda Larga – O governo já incluiu incentivos ao
setor de informação e comunicações. Os equipamentos nacionais e os
investimentos em infraestrutura de redes de telecomunicações, no âmbito
do Plano Nacional de Banda Larga, vão sofrer uma desoneração. O objetivo
é levar o acesso à internet em banda larga a 50% dos domicílios urbanos
e 15% dos rurais até 2014. A renúncia fiscal pode somar R$ 970 milhões
em 2013.
O governo também suspendeu a cobrança de tributos e impostos sobre a
produção de computadores portáteis, tanto na aquisição de
matérias-primas e produtos intermediários, quanto na comercialização. A
medida atinge o programa Um Computador por Aluno e envolve uma renúncia
de R$ 203,7 milhões em 2013.
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ass. Angelo Roncalli
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