COMISSÕES / MEIO AMBIENTE
24/11/2011 - 18h29
24/11/2011 - 18h29
Código Florestal passa na CMA e vai a Plenário com pedido de regime de urgência
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Iara Guimarães Altafin / Agência Senado
Após
a aprovação do texto base do substitutivo, na quarta-feira (23), foram
apresentados 77 destaques ao projeto, dos quais apenas quatro foram
aprovados na reunião da CMA desta quinta-feira. Uma dessas emendas
impede a regularização de atividades consolidadas em Áreas de
Preservação Permanente (APP) em imóveis localizados nos limites de
unidades de conservação de proteção integral, criadas até a data de
promulgação do novo Código Florestal. A emenda, de autoria do senador
Aloysio Nunes (PSDB-SP), também determina que o proprietário deva
recuperar a área, seguindo os prazos previstos na nova lei.
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Outras
duas emendas aprovadas, dos senadores Aloysio Nunes (PSDB-SP) e Blairo
Maggi (PR-MT), tratam das regras de controle de incêndios e foram
votadas em conjunto. O texto aprovado determina que, na
responsabilização por queimadas em terras públicas ou privadas, deverá
ser comprovado "o nexo de causalidade entre a ação do proprietário ou
qualquer preposto e o dano efetivamente causado".
Aloysio
Nunes também é autor do quarto destaque aprovado. A emenda acolhida
explicita que outras atividades de utilidade pública e interesse social,
além das listadas na lei, que justifiquem o desmatamento de APP, só
podem ser autorizadas "quando inexistir alternativa técnica".
Questionamentos
Diversos
outros destaques foram considerados prejudicados, por já terem sido
acolhidos no substitutivo de Jorge Viana, pelo interesse dos autores de
retirá-los de pauta ou pela ausência dos autores para a apresentação dos
destaques. No início da reunião, alguns senadores questionaram emendas
acolhidas pelo relator, alegando pouca discussão sobre elas na reunião
de votação do texto base.Blairo Maggi (PR-MT), por exemplo, questionou
emenda de Aloysio Nunes, já integrada ao substitutivo, estabelecendo
que, em bacias hidrográficas consideradas críticas, a consolidação de
atividades rurais dependerá do aval do comitê de bacia hidrográfica
competente ou dos conselhos estaduais do meio ambiente.
Blairo
argumenta que o poder atribuído aos comitês de bacias ou conselhos de
meio ambiente altera acordo no sentido de regularização de atividades
consolidadas em margens de rios. Já Aloysio Nunes afirma que os comitês
de bacia devem ser ouvidos por sua representatividade, uma vez que são
compostos por representantes dos agricultores, usuários de água -
inclusive as fornecedoras de energia -, prefeitos e governo estadual.
Uma
vez que a emenda já foi aprovada, o presidente da CMA, Rodrigo
Rollemberg (PSB-DF), esclareceu que novas mudanças só poderão ser
propostas quando da tramitação da matéria em Plenário.
Uso da terra
Outra
mudança questionada determina que, em imóveis localizados em área de
floresta na Amazônia Legal, a reserva legal "ficará reduzida" para até
50% quando o estado tiver mais de 65% do seu território ocupado por
unidades de conservação da natureza de domínio público e terras
indígenas homologadas, e não "poderá ser reduzida...", como no
substitutivo original. Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) criticou a emenda,
apresentada por Romero Jucá (PMDB-RR), dizendo que a medida representará
novos desmatamentos, posição contestada pelo relator Jorge Viana.
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ass. Angelo Roncalli
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