Comandante da PM fala sobre o combate ao crime em São Gonçalo do Pará

Polícia 20/12/2011 22:32 |  Por - SGP Notícias 

O Sargento Adelmo dos Santos comandante da PM de São Gonçalo do Pará, falou à nossa reportagem sobre a criminalidade no município e seu combate constante. 

                                                                Veja a entrevista:

Comandante, o que mudou no perfil da criminalidade nos últimos anos?

Sargento Adelmo: O que mudou foi que a ocorrência de crimes acompanhou o crescimento da cidade. Em 2000, São Gonçalo tinha pouco mais de 8 mil habitantes e um índice de ocorrências baixo, com destaques para crimes contra o patrimônio. Com o crescimento da população para mais ou menos 12 mil pessoas e o desenvolvimento econômico, tanto da cidade, quanto da região, principalmente de Nova Serrana, os índices aumentaram, tendo como grande problema o tráfico de drogas, que é a mãe de todos os crimes, já que o sujeito rouba para manter o vício, mata por dívidas de drogas. Hoje a realidade é diferente de uma década atrás, não só em São Gonçalo, mas no País.

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 E o que foi feito nesse período para combater o crime?

Sargento Adelmo: Houve um grande investimento na área de segurança no município, tanto por parte da Polícia Militar, como também da Polícia Civil. Em 2000, havia somente 6 militares e uma viatura, hoje são 11 militares e quatro viaturas, sendo uma moto. Também foram investidos em armamento e a cidade recebe constantemente apoio de guarnições de outras cidades em operações e ações preventivas. As operações hoje são uma constante, tanto é que já teve época de haver cerca de 25 criminosos de São Gonçalo presos na Pio Canedo. O problema maior não é o crime em si, mas sim as leis, que facilitam a vida dos criminosos e geram uma sensação de impunidade. Ou, se mudam as leis, ou não tem polícia no mundo que dê jeito.

Como a população pode ajudar no combate ao crime?

Sargento Adelmo: A ajuda da população é de extrema importância. Hoje existe o disque denúncia 181, que é de sigilo absoluto, no qual a pessoa pode fazer a denúncia. E a população também tem de mudar velhos hábitos, que a gente ainda vê, como, por exemplo, deixar carros à noite expostos na rua, até com chaves na ignição. Além de deixar carros com objetos de valor dentro como celulares e bolsa. Existe ainda um fenômeno chamado pelos especialistas em segurança de cifra negra, que é quando ocorre o crime e a pessoa não denuncia. Isso é grave, já que todo o planejamento de ações é feito baseado nas estatísticas.

Recentemente houve uma onda de assaltos na cidade, foi tudo apurado?

Sargento Adelmo: Foram quatro assaltos em um curto espaço de tempo, três em postos de gasolina e um de um taxista. Em um trabalho integrado em Polícia Militar e Polícia Civil, se chegou à autoria de todos. Dois dos assaltos a postos foram feitos por um indivíduo, que foi preso semanas atrás na Lagoa da Bagagem depois de um assalto em Igaratinga. Ele agiu em companhia de comparsa de Ermida, onde apreendemos a moto usada no crime, além de outra moto tomada de assalto na Prata de Cima. Outro assalto no posto foi realizado por uma dupla de Pará de Minas, que foi presa depois de um assalto naquela cidade, tendo a arma usada aqui sendo inclusive apreendida e o carro do taxista foi recuperado, sendo os autores identificados sendo da cidade de Itaúna. Agora é com a justiça.