28/12/2011 14:18
Reportagem – Carol Siqueira
Edição – Marcelo Oliveira
Edição – Marcelo Oliveira
Relator da Subcomissão Especial de Crimes e
Penas vai se reunir em fevereiro com o grupo de especialistas que o
auxilia para definir os ajustes finais da proposta de mudança da
legislação penal a ser apresentada aos parlamentares.
Gustavo Lima
Molon: relatório não abordará temas polêmicos, como aborto e descriminalização de drogas.
O relatório da Subcomissão Especial de Crimes e Penas, que será apresentado no início do próximo ano,
vai propor um projeto de reforma da legislação penal que incentive a
aplicação de penas alternativas e dê mais rigor para os crimes de
corrupção. Além disso, o texto buscará corrigir distorções atuais que
dão penas graves para crimes simples e punições leves para condutas de
grande potencial ofensivo.
“Queremos apostar em sanções que façam o condenado pagar algo para a
sociedade. Hoje se gasta de R$ 1 mil a R$ 2 mil por mês com um preso,
mas a população não é beneficiada com a pena imposta, já que, muitas
vezes, o condenado volta ao convívio social e comete crimes mais graves
do que os que o levaram à prisão”, opina.
Corrupção
Molon pretende ainda aumentar a pena para o crime de corrupção e mudar a caracterização desse delito, para que enquadre tanto quem comete o desvio quanto quem incentiva a prática do fato, ou seja, o corrupto e o corruptor.
Molon pretende ainda aumentar a pena para o crime de corrupção e mudar a caracterização desse delito, para que enquadre tanto quem comete o desvio quanto quem incentiva a prática do fato, ou seja, o corrupto e o corruptor.
“Podemos fundir tipos penais como corrupção passiva e ativa.
Atualmente, é mais comum ver o corrupto sendo punido do que o corruptor,
maior beneficiário do crime”, diz.
Consenso
Segundo o relator, a subcomissão vai propor uma mudança “feijão com arroz” na legislação em vigor, isto é, tratar apenas dos pontos em que há consenso no meio jurídico. Temas polêmicos, como aborto e descriminalização de drogas, foram descartados para não inviabilizar a tramitação do futuro projeto.
Segundo o relator, a subcomissão vai propor uma mudança “feijão com arroz” na legislação em vigor, isto é, tratar apenas dos pontos em que há consenso no meio jurídico. Temas polêmicos, como aborto e descriminalização de drogas, foram descartados para não inviabilizar a tramitação do futuro projeto.
“Não temos a pretensão de fazer uma reforma genial, mas avançar
naquilo que, para os operadores do direito, está claro que precisa
mudar, e isso já vai fazer uma grande diferença na vida dos tribunais e
na garantia de justiça aos réus”, reitera.
Trabalhos
Molon marcou uma reunião para o final de fevereiro com o grupo de especialistas que o auxilia na elaboração da proposta, com o objetivo de definir os ajustes finais do anteprojeto a ser apresentado aos parlamentares da subcomissão. O relator conta com a ajuda de advogados, magistrados, defensores públicos, procuradores federais e estaduais, representantes do Ministério da Justiça e do Instituto de Defesa do Direito de Defesa.
Molon marcou uma reunião para o final de fevereiro com o grupo de especialistas que o auxilia na elaboração da proposta, com o objetivo de definir os ajustes finais do anteprojeto a ser apresentado aos parlamentares da subcomissão. O relator conta com a ajuda de advogados, magistrados, defensores públicos, procuradores federais e estaduais, representantes do Ministério da Justiça e do Instituto de Defesa do Direito de Defesa.
A subcomissão, que é vinculada à Comissão de Constituição e Justiça e
de Cidadania (CCJ), foi instalada em agosto e realizou cinco seminários
temáticos em diversas cidades, a fim de discutir os problemas da
legislação penal. “Estivemos nas regiões Sul, Sudeste, Nordeste e
Centro-Oeste. Colhemos opiniões e ainda pretendemos abrir o anteprojeto
para mais discussão popular”, explica o relator.
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ass. Angelo Roncalli
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