Os brasileiros não tiveram tempo de apagar da memória as cenas da tragédia que as fortes chuvas causaram há um ano, e revivem o drama de Municípios debaixo d’água com as chuvas de verão. São 30 mortes até o momento segundo os orgãos de Defesa Civil e mais de dois milhões de pessoas afetadas.
Em
Minas Gerais, a Defesa Civil informou que 182 Municípios foram
atingidos pelas chuvas, e afetaram mais de 2,8 milhões de pessoas. São
25.514 desalojados e 2.495 desabrigados. Nesta quarta-feira, 11 de
janeiro, o orgão confirmou 15 mortes e três pessoas desaparecidas. Desde
outubro as chuvas destruiram cerca de 400 casas e 264 pontes.
Rio Paraíba do SulO
prefeito de Além Paraíba (MG), Wolney Freitas, afirma que está chovendo
muito na região e já foram registradas três mortes causadas por
enchentes e deslizamentos. Segundo ele, os afluentes do Rio Paraíba do
Sul transbordaram por causa da chuva, uma tromba d’ água atingiu os
moradores da parte baixa do Município deixando centenas de pessoas
desabrigadas.
“Estamos
com muitos problemas, a cidade está sem telefone após o temporal e
vários bairros estão inundados. Um helicóptero da PM ajuda no resgate de
moradores isolados pela enchente. O acesso pela BR-116 está
comprometido, porque o trecho entre o Município e a cidade de Leopoldina
está alagado”, relata. Ele teme por mais deslizamentos e enxurradas. “O
nível do rio ainda está alto e com a chuva intermitente o terreno está
muito encharcado, as encostas podem ceder”, explica Wolney.
Investimentos
Como as cenas se repetem todos os anos, a Confederação Nacional de Municípios (CNM), elaborou um estudo sobre a falta de investimentos em prevenção. A pesquisa divulgada nesta terça-deira, 10 de janeiro, mostra uma disparidade entre as verbas aplicadas no socorro às cidades e as usadas na prevenção. Segundo a CNM, de 2006 a 2011 o governo federal gastou R$ 745 milhões para prevenir acidentes, contra R$ 6,3 bilhões no socorro.
Como as cenas se repetem todos os anos, a Confederação Nacional de Municípios (CNM), elaborou um estudo sobre a falta de investimentos em prevenção. A pesquisa divulgada nesta terça-deira, 10 de janeiro, mostra uma disparidade entre as verbas aplicadas no socorro às cidades e as usadas na prevenção. Segundo a CNM, de 2006 a 2011 o governo federal gastou R$ 745 milhões para prevenir acidentes, contra R$ 6,3 bilhões no socorro.
“O
governo praticamente não destina nada para a prevenção. Quem é
contemplado com ações de socorro enfrenta a burocracia. No primeiro ano
recebe uns 8% da verba anunciada, no ano seguinte, 20%, e depois o que
falta cai em restos a pagar e não aparece nunca mais”, atesta o
presidente da CNM, Paulo Ziulkoski.
A tragédia no Rio se repete. No
Estado do Rio de Janeiro, um deslizamento no Município de Sapucaí
causou 13 mortes, duas em Miguel Pereira e uma em Lajes do Muriaé.
Segundo o boletim da Defesa Civil 11 Municípios decretaram Situação de
Emergência. Os desabrigados em todo o Estado já chegam a 3.980 pessoas.
Outras 10.759 estão desalojadas e se refugiaram em casas de amigos ou
parentes.
Estiagem afeta mais de um milhão de gaúchosEm
outras regiões do país a estiagem assusta os agricultores. Em Sergipe
13 Municípios decretaram Situação de Emergência. No Sul a estiagem já
afeta mais de um milhão de pessoas. No Paraná a escassez de chuvas dos
últimos meses que assola os Estados da região sul do país, atinge 27
Municípios. O total de pessoas afetadas é de 159.808. Até o
momento, nenhum Município decretou situação de emergência, pois estão
sendo realizados os trabalhos de avaliação dos danos e prejuízos
ocasionados pela redução pluviométrica.
O
Rio Grande do Sul é um Estados mais prejudicados por problemas
relacionados a seca. De acordo com boletim da Defesa Civil do Estado,
627.172 pessoas sofrem com a estiagem no Estado. Além disso, decretaram
emergência 142 Municípios e 36 emitiram Notificação Preliminar de
Desastre (Nopred). A Defesa Civil informa que 111 caminhões-pipa estão
sendo usados para levar agua potável para a população destes Municípios.
PrejuízosO
governo do Estado assinou um decreto coletivo de emergência para os
Municípios gaúchos afetadas e calcula em R$ 2 bilhões os prejuízos nas
lavouras de milho, soja e feijão. De acordo com o órgão, o Município com
mais danos é Frederico Westphalen, onde toda a população de 29 mil
pessoas sofre com a estiagem. Pelos dados da prefeitura, o prejuízo nas
plantações foi 30% nas produções de soja e milho. A fruticultura sofreu
queda de 20% da produção e a plantação de fumo 15%, enquanto a pastagem
bovina perdeu 15% da área plantada.
O
Rio Grande do Sul foi o segundo Estado brasileiro que mais emitiu
portarias de Situação de Emergência em 2011. De acordo com levantamento
da CNM, o Estado publicou 247 portarias de situação de emergência, atrás
apenas de Santa Catarina, que publicou 347 nesse período. Minas Gerais
vem em terceiro lugar, com 85 decretos.
Nesse
mesmo período, o Rio Grande do Sul declarou apenas uma vez Estado de
Calamidade Pública. Conforme a CNM, foram publicados, no ano passado,
1.245 portarias em 987 Municípios no País, a maioria deles localizados
em SC, RS e MG.
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ass. Angelo Roncalli
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