Qui, 22 de Março de 2012 15:03
| Agência CNM
“O
tratamento dá condições para esse usuário mudar de vida e a condenação
não”, conta a assistente social do Tribunal de Justiça de Goiânia,
Mônica Vieira, sobre o “Justiça terapêutica”. O projeto que troca
punição por tratamento já beneficiou mais de 300 pessoas em Goiânia. Ao
ser acusado por porte de drogas ou por crimes relacionados aos
entorpecentes o acusado tem a alternativa de receber tratamento e
acompanhamento ao invés de cumprir a pena.
...
Para
cada caso o tratamento oferecido é diferente explica Mônica, “um
dependente precisa de internação e medicação, um usuário pode ser
tratado somente nos grupos de motivação para refletir sobre os problemas
do uso”, aponta Mônica.
Os
resultados do projeto tem sido positivos, um dos beneficiados inclusive
escreveu uma cartilha sobre o tratamento a que foi submetido para que
sirva de exemplo aos outros. “O caso desse rapaz foi um sucesso, pois
ele tinha perdido tudo por conta do crack, foi preso roubando,
participou do projeto, foi internado e recuperou o emprego, o respeito
da família, e agora está bem”, garante Mônica.
Modelo de sucesso por todo o país
Itumbiara
no interior do Estado, foi um dos Municípios capacitados pelo Tribunal
de Justiça de Goiás e está com o projeto “Justiça Terapêutica”
implantado há seis meses. A psicóloga do Fórum de Itumbiara, Daniele
Rodrigues informa que 10 pessoas já foram atendidas pelo programa e
optaram pelo acompanhamento dos grupos de tratamento do Município. “O
projeto é mais efetivo do que a condenação, é um novo olhar da Justiça
para as pessoas que se envolvem com drogas”, explica Daniele.
Em
São Paulo, no bairro de Santana, o programa que funciona há dez anos,
ajudou quase mil pessoas “a Justiça Terapêutica brasileira trabalha no
sentido de que aquele que foi preso e teve problemas com drogas receba
atenção na área terapêutica para evitar a repetição do uso da droga e
novos crimes”, afirma Mário Sérgio Sobrinho, do Fórum de Santana.
“Ele
deve ser tratado. Tratar significa para a Justiça deixar de usar droga.
Não é reduzir, mas deixar plenamente. Se ele consegue isso durante dois
anos, ao final do período ele está reabilitado do uso da droga e, ao
mesmo tempo, o processo dele é extinto. Ele não deve mais nada à
Justiça”, conclui Sergio.
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ass. Angelo Roncalli
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