Ter, 27 de Março de 2012 14:52 | Agência CNM
“Os
incentivos federais estão aquém da realidade brasileira” afirma o
presidente da Confederação Nacional de Municípios (CNM), Paulo
Ziulkoski. Para ele o aumento de incentivos da Saúde anunciados pelo
governo federal não resolve o subfinanciamento existente do setor. A CNM
fez um levantamento em 2011 e encaminhou ao Ministério da Saúde e ao
Conselho Nacional de Saúde, por meio dos Ofícios nºs 1385 e 1388, 13 de
junho de 2011.
“Não é de agora que a CNM denuncia esse
subfinanciamento e cobra do governo federal uma solução, que só será
possível com a implantação de uma política nacional de financiamento do
Sistema Único de Saúde (SUS)”, aponta Ziulkoski. Para ele, o modelo
adotado pelo governo federal com a fragmentação das ações e serviços de
Saúde e a pulverização do recurso financeiro em programas não atende às
necessidades de organização e estruturação do SUS. “Na maioria dos casos
os recursos não chegam à totalidade dos Municípios, principalmente, os
de pequeno porte populacional”, alerta o presidente.
Sem correção
A mesma comparação para um Município de
50 mil habitantes, o PAB fixo anual será de R$ 1,2 milhão, segundo as
informações do Ministério da Saúde já com o reajuste anunciado. “Se o
valor do PAB fixo tivesse obedecido regularmente as correções anuais
pelo IPCA o mesmo Município receberia mais de R$ 1,6 milhão ao ano”,
explica o lider municipalista
“É justamente nessa conta que mostramos o
subfinanciamento e a injustiça dessa política de financiamento da Saúde
adotada pelo governo federal, que acaba sacrificando as finanças
municipais” diz. E complementa, “para o exemplo utilizado, o Município
deixa de receber somente no PAB fixo mais de R$ 400 mil ao ano, e assim é
nos demais programas também”, conclui.
Em 2010 a CNM realizou pesquisa junto
aos Municípios brasileiros e chegou a uma média nacional de custo da
equipe do Saúde da Família em R$ 28 mil mensais. Aumentar o incentivo
das equipes para R$ 11 mil por mês não resolve o subfinanciamento
existente e deixa a estratégia, que é considerada a principal solução
para organização e estruturação da atenção básica de saúde, bastante
vulnerável, além de continuar sobrecarregando as finanças municipais.
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ass. Angelo Roncalli
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