Seg, 02 de Abril de 2012 15:51 | Agência CNM
O crack, derivado
da pasta de cocaína, preocupa os gestores municipais brasileiros por
seus altos índices de consumo e violência ligadas a venda e ao uso da
droga. E o relatório anual de Estratégia para o Controle Internacional
de Narcóticos intensificou o alerta nesses Municípios, pois colocou o
Brasil em segundo lugar no ranking de consumo de cocaína no mundo.
Atrás
apenas dos Estados Unidos, o Brasil é o principal país de trânsito para
a cocaína com destino aos mercados internacionais, principalmente à
Europa. Os EUA reconhecem os esforços do Brasil na luta contra drogas
por reconhecer que suas forças de segurança são "muito profissionais e
comprometidas" na luta antinarcóticos. Mas, dos 16 mil km de fronteira
mais da metade são compartilhados com os principais países produtores de
maconha e cocaína, o que torna o país vulnerável.
O
relatório indica que a indústria química do Brasil cresceu nos últimos
anos, relacionada a setores lícitos da economia, mas também a compostos
precursores para a produção de cocaína. Por isso, os controles da
substância representam um desafio para o País. "Como um dos dez maiores
fabricantes de produtos químicos do mundo, líder na América Latina e o
único país que faz fronteira com os países andinos produtores de
cocaína, os controles químicos representam um desafio particular",
afirma o relatório.
América LatinaA
Argentina continua sendo uma passagem crucial para a cocaína produzida
na região da Cordilheira dos Andes. A droga mais consumida continua
sendo a maconha, importada do Paraguai, mas o uso da cocaína cresceu e a
Argentina se transformou em um grande mercado interno desta droga na
América Latina.
O
Chile, da mesma forma que o Brasil, é fonte de químicos precursores
utilizados na produção de cocaína no Peru e Bolívia, assim como de
efedrina, um composto que costumam ser utilizado, sobretudo pelos
traficantes mexicanos para a fabricação de metanfetamina. O relatório
assinala que, apesar de a demanda interna de drogas ilegais continuar
baixa, o consumo de crack aumenta. Os EUA enfatizam a
necessidade de o Paraguai melhorar os esforços antinarcóticos, assim
como aprofundar a colaboração com a polícia brasileira, e pedem que
Assunção continue tomando medidas contra a corrupção. O documento alerta
ainda que o tráfico de armas, lavagem de dinheiro, falsificação e
outras atividades ilegais relacionadas ao tráfico de drogas também são
frequentes".
Agência CNM, com informações do site Terra
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ass. Angelo Roncalli
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