COMISSÕES / ASSUNTOS ECONÔMICOS
02/12/2011 - 19h51
02/12/2011 - 19h51
Comissão vota isenção fiscal para produtor atingido por calamidade pública
Paulo Cezar Barreto / Agência Senado
...
O
projeto de lei que concede isenção do Imposto sobre a Propriedade
Territorial Rural (ITR) nos casos de perda de safra ou de pastagem em
razão de calamidade pública será votado na reunião da Comissão de
Assuntos Econômicos (CAE) da próxima terça-feira. A proposta, do senador
Antônio Carlos Valadares (PSB-SE), foi aprovada pela Comissão de
Agricultura e Reforma Agrária (CRA) em dezembro de 2010 e será apreciada
pela CAE em decisão terminativa.
Segundo o PLS 72/10,
o ITR de imóveis rurais situados onde tenha havido calamidade pública
terá isenção a partir da data da verificação de frustração de safras ou
destruição de pastagens. Valadares explica que a lei que trata do ITR
(Lei 9.393/96) não deixa claro o período que o produtor rural tem
direito à isenção do tributo em caso de calamidade.
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O
senador também lembra que a Justiça tem decidido em favor de
agricultores nessa situação, determinando a isenção no período
imediatamente anterior à decretação de estado de calamidade pública.
O
relator da matéria na CAE, senador Lindbergh Farias (PT-RJ), recomenda a
aprovação do projeto, que, em seu entender, "contribui positivamente ao
ordenamento legal", lembrando várias ocorrências de enchentes e
estiagens que provocaram decretação de estado de calamidade pública.
Capital estrangeiro na saúde
Também
será apreciada pela CAE, em caráter não terminativo, a proposta que
amplia as hipóteses de participação de empresas e de capitais
estrangeiros na assistência à saúde no Brasil. O projeto de lei (PLS 259/09) volta à pauta depois de concedido pedido de vista coletiva.
Além
das hipóteses já previstas na Lei Orgânica da Saúde (Lei 8.080/90), o
projeto de lei prevê que a participação poderá ser em pessoa jurídica
organizada sob a forma de sociedade anônima e em hospital geral
filantrópico. No caso de pessoa jurídica, o projeto prevê que a empresa
deverá ter no mínimo 51% de capital votante pertencente a brasileiros
natos ou naturalizados há mais de dez anos.
O
projeto impõe restrições à participação de empresas e de capitais
estrangeiros na assistência à saúde. Isso para evitar, segundo o autor
do projeto, senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA), "que algumas atividades
assistências consideradas estratégicas e de interesse nacional sejam
controladas pelo capital estrangeiro."
Em seu
relatório favorável ao projeto, Valdir Raupp (PMDB-RO) lembra que a
saúde brasileira se ressente da falta de recursos e de investimentos,
tanto na área pública quanto na privada.
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ass. Angelo Roncalli
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