16/12/2011 - 17h00
Bruno Bocchini
Repórter da Agência Brasil
Repórter da Agência Brasil
Edição: Vinicius Doria
São Paulo – O governo federal pretende reduzir o Imposto sobre
Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) interestadual a partir de
fevereiro. Segundo o secretário executivo do Ministério da Fazenda,
Nelson Barbosa, a proposta é baixar a alíquota do imposto para 2%, mas
os estados sugerem um percentual próximo de 4%.
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O ICMS interestadual incide quando uma mercadoria é produzida (ou
importada) por determinado estado e vendida em outro. O estado de origem
recebe a alíquota interestadual e o estado de destino, onde a
mercadoria é consumida, fica com a diferença entre a alíquota
interestadual e a alíquota final.
Alguns estados abrem mão de parte do imposto interestadual como forma
de incentivar, com a desoneração fiscal, a atividade nos portos. Dessa
forma, os produtos importados desembarcam com preços melhores, uma
vantagem competitiva em relação aos produtos nacionais. Com ICMS
interestadual mais baixo, os estados que adotam essa prática terão menos
espaço para incentivar a importação.
“Esses incentivos, apesar de fazer sentido em uma lógica regional por
atrair receita e atividade para seus portos, para o Brasil como um todo
têm um efeito negativo”, destacou o secretário.
A proposta do governo, em tramitação no Senado, não irá alterar o
imposto final. Apenas vai deslocar para o estado consumidor a maior
parte do ICMS. Assim, no caso de um produto cujo ICMS seja 18%, o estado
produtor ou importador fica com 2% (segundo a proposta do governo) e o
estado de destino com 16%. Essa alíquota de 2% é considerada baixa o
suficiente para desestimular esse tipo de guerra fiscal entre unidades
da federação.
De acordo com Barbosa, o governo estuda criar um fundo de apoio para os
estados que perderão receitas com a redução do ICMS interestadual.
Atualmente, 12 estados oferecem incentivos à importação, entre eles, a
redução da alíquota do ICMS.
Na reunião do Confaz, que tem a participação de todos os secretários da
Fazenda dos estados e do Distrito Federal, também foi assinado um
protocolo para reduzir a zero a alíquota do ICMS que incide sobre a
compra de trens e equipamentos de mobilidade urbana sem similar
nacional, para incentivar os projetos de infraestrutura voltados à Copa
do Mundo de 2014.
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ass. Angelo Roncalli
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