PLENÁRIO / VOTAÇÕES
13/12/2011 - 20h31
13/12/2011 - 20h31
Laércio Franzon / Agência Senado
Plenário aprova regulamentação da profissão de motorista
Os senadores aprovaram, nesta terça-feira (13), o substitutivo ao Projeto de Lei da Câmara (PLC) 319/2009,
do ex-deputado federal Tarcísio Zimmermann, que regulamenta a profissão
de motorista. O texto acatado é fruto de acordo firmado entre a
Confederação Nacional do Transporte (CNT) e a Confederação Nacional dos
Trabalhadores do Transporte Terrestre (CNTTT).
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Em situações
excepcionais, contudo, fica permitida a prorrogação por até 1 hora do
tempo de direção, de modo a permitir ao condutor, o veículo e sua carga
chegar a lugar que ofereça segurança e atendimentos demandados. Além
disso, os condutores serão obrigados, dentro de um período de 24 horas, a
observar um intervalo mínimo de 11 horas de descanso, podendo esse
tempo ser fracionado em nove horas mais duas horas, no mesmo dia.
O
texto, que agora volta à Câmara dos Deputados, imputa aos empregadores,
sem ônus para os motoristas, as despesas com cursos exigidos pela
legislação e com um seguro obrigatório. O valor mínimo de tal seguro
deverá ser correspondente a dez vezes o piso salarial de sua categoria.
Com
relação ao projeto original, a redação aprovada no Senado suprimiu
dispositivos que instituíam um adicional de "penosidade" e o direito à
aposentadoria especial após 25 anos de exercício da profissão.
Respondendo
a questionamento do senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) sobre essas
alterações, o relator, senador Paulo Paim (PT-RS), explicou que tais
benefícios deverão ser incluídos em projeto de lei de sua autoria que
cria o Estatuto do Motorista (PLS 271/2008).
Durante
a discussão da matéria, vários senadores destacaram sua importância
para aumentar o nível de segurança nas rodovias brasileiras. O senador
Blairo Maggi (PR-MT) considerou que as mudanças aprovadas pela Casa
deverão contribuir para a redução de acidentes nas estradas.
-
Eu acho que os nossos motoristas precisam ter o seu tempo de descanso,
porque o mesmo motorista que algum patrão exige que trabalhe um pouco a
mais poderá ser aquele que vai bater em um carro pilotado por nosso
filho e nos matar à frente - disse.
No mesmo
sentido, o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) observou que não são
apenas os motoristas que se sujeitam a risco de vida em seu trabalho -
sobretudo por excesso em sua jornada -, mas também as pessoas que
trafegam junto com eles nas rodovias. O senador Aloysio Nunes (PSDB-SP)
afirmou que o projeto se reveste do mais alto interesse público por dar
maior segurança e maior qualidade ao trabalho dos motoristas, que são
obrigados a enfrentar condições de trabalho extremamente adversas nas
estradas brasileiras em péssimas condições.
Defenderam
ainda a aprovação do projeto os senadores Demóstenes Torres (DEM-GO),
Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), Ricardo Ferraço (PMDB-ES), Walter
Pinheiro (PT-BA), Sérgio Petecão (PMN-AC), Ivo Cassol (PP-RO), Inácio
Arruda (PCdoB-CE), Eunício Oliveira (PMDB-CE), Cássio Cunha Lima
(PSDB-PB), Wellington Dias (PT-PI), Lúcia Vânia (PSDB-GO), Acir Gurgacz
(PDT-RO), Jayme Campos (DEM-MT), Casildo Maldaner (PMDB-SC) e Romero
Jucá (PMDB-RR).
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ass. Angelo Roncalli
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