15h34m - 28 de Março de 2012
Atualizado em 21h38m
FONTE: AGÊNCIA MINAS
Em relação a fevereiro do ano passado, índice de desemprego apresentou queda de 34,6% na RMBH
A taxa de desemprego total da Região Metropolitana de Belo Horizonte
(RMBH) foi de 5,1% no mês de fevereiro de 2012, segundo dados da
Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) da RMBH divulgada, nesta
quarta-feira (28), pela Secretaria de Estado de Trabalho e Emprego (Sete), Fundação João Pinheiro (FJP),
Dieese e Fundação Seade. A taxa não se alterou em comparação a janeiro
deste ano e apresentou queda de 34,6% em relação a fevereiro de 2011,
quando apontou 7,8%.
O desemprego total é composto pelo desemprego aberto, que apresentou na
RMBH taxa de 4,5%, e desemprego oculto, que apontou taxa de 0,6%. A
taxa de desemprego aberto refere-se às pessoas que procuraram trabalho,
de modo efetivo, nos últimos 30 dias. Já o oculto pode ser por trabalho
precário ou por desalento: um cidadão que realiza de forma irregular um
trabalho remunerado e que não tenha procurado emprego formal num período
de 30 dias, ou um cidadão que não tenha um emprego e que, também, não
tenha procurado.
O secretário-adjunto de Trabalho e Emprego, Hélio Rabelo, destacou os
esforços da Sete para que os números caiam ainda mais. “Os nossos
investimentos em qualificação para este ano serão primordiais para
acentuar a queda na taxa de desemprego. Temos oportunidades disponíveis,
mas ainda falta qualificação aos trabalhadores para ocupar as vagas.
Somente em 2012, vamos qualificar mais de 50 mil trabalhadores em todo o
Estado”, anuncia.
Em fevereiro, o número de ocupados na RMBH diminuiu ligeiramente em
relação ao mês anterior (0,6%) e foi estimado em 2.313 mil
trabalhadores. De acordo com a posição na ocupação, a redução de postos
de trabalho entre os assalariados (19 mil), reflete os decréscimo no
setor privado (7 mil) e no emprego público (12 mil). O comportamento do
setor privado resultou da redução de postos de trabalho assalariado com
carteira assinada (9 mil) já que o contingente de assalariados sem
registro aumentou (2 mil). Observou-se relativa estabilidade para os
contingentes de autônomos (2 mil) e decréscimo de ocupados no emprego
doméstico (6 mil). Foi registrado também acréscimo no número de ocupados
classificados nas demais posições ocupacionais (9 mil).
O rendimento real médio dos ocupados foi estimado em R$ 1.483 em
janeiro de 2012. No setor privado, foi observado aumento no salário
médio da indústria (1,1%) e do comércio (3,4%). No setor de serviços, o
rendimento médio permaneceu relativamente estável (- 0,1%).
Comportamento em 12 meses
Na análise realizada na PED relativa aos últimos 12 meses, ou seja, de
fevereiro de 2011 a fevereiro de 2012, os dados apontaram redução do
contingente de desempregados em 64 mil pessoas. Para o coordenador do
Observatório do Trabalho da Sete, Igor Coura, a queda no número de
desempregados, comparando os últimos 12 meses, é “resultado do acréscimo
de 91 mil ocupações, que superou a entrada de 27 mil pessoas no mercado
de trabalho da região”.
De acordo com Coura, desde 2009, a quantidade de inativos na RMBH
aumentou em quase meio milhão, número refletido na queda da População
Economicamente Ativa (PEA). “Esse é um resultado positivo. Os principais
grupos que estão saindo da PEA são jovens de 15 a 19 anos, que estão em
busca de qualificação, mulheres que estão temporariamente fora do
mercado para estudar ou cuidar da família, ou mesmo cidadãos que estão
com renda familiar suficiente para o sustento e que param de trabalhar
por opção e investimento em outros projetos pessoais”, explica.
A taxa de desemprego total na RMBH retraiu-se de 7,8%, em fevereiro de
2011, para os atuais 5,1%. Tal comportamento resultou da redução na taxa
de desemprego aberto (de 6,4% para 4,5%) e da taxa de desemprego oculto
(de 1,4% para 0,6%). Na capital, a taxa de desemprego total diminuiu em
relação a fevereiro de 2011, ao passar de 7,0% para 4,4% e, nos demais
municípios da RMBH, reduziu-se de 9,0% para 6,1% no período em análise.
Entre fevereiro de 2011 e 2012, o tempo médio dos desempregados na
procura por emprego diminuiu de 37 para 28 semanas. Nesse período, o
nível ocupacional aumentou 4,1%. Foram registrados acréscimos de postos
de trabalho nos serviços (61 mil), na indústria (9 mil), no comércio (25
mil) e na construção civil (19 mil).
Na comparação anual, o rendimento real médio dos ocupados aumentou 1,2%
e passou de R$ 1.466 para R$ 1.483. Em todos os setores da economia
houve aumento dos rendimentos, com exceção dos serviços. Na indústria, o
rendimento real médio subiu de R$ 1.479 em dezembro de 2011 para R$
1.496 em janeiro de 2012. No comércio, o aumento foi de R$ 1.080 para R$
1.116. Já nos serviços, o rendimento caiu de R$ .234 para R$ 1.233.
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