29/02/2012 - 17h13
Amanda Cieglinski
Repórter da Agência Brasil
Repórter da Agência Brasil
Edição: Nádia Franco
Brasília – O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, defendeu hoje
(29) o reajuste de 22% do piso nacional do magistério, que passou de R$
1.187 para R$ 1.451. Segundo Mercadante, o atual critério de correção do
piso, com base no crescimento do valor mínimo por aluno do Fundo de
Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), permite
recuperação salarial para os professores. O valor estipulado para este
ano acompanha o aumento do Fundeb de 2011 para 2012, conforme determina
a legislação atual. O novo piso foi anunciado segunda-feira (27)
“O critério atual tem permitido uma recuperação salarial forte. É
verdade que alguns estados e municípios estão com dificuldade, mas o
piso que temos hoje é um pouco mais do que dois salários mínimos. É um
equívoco o Brasil perder a perspectiva de continuar recuperando o piso
salarial”, afirmou.
De acordo com o ministro, até o ano passado, quatro estados não pagavam
o piso (R$ 1.187 ) e 11 já usavam valores iguais ou superiores ao que
foi definido para este ano. A lei, aprovada em 2008, prevê que haja
complementação da União caso o município ou estado comprove que não tem
capacidade financeira para pagar o piso a seus professores. Entretanto,
as prefeituras que solicitaram a verba ao MEC não atenderam aos
pré-requisitos previstos, como, por exemplo, ter um plano de carreira
para os docentes da rede e investir 25% da arrecadação de tributos em
educação, como determina a Constituição.
“Se houver proposta para melhorar essa parceria, nós estamos abertos,
sempre. A lei estabelece alguns critérios [para complementação], mas
esses critérios ainda não foram acordados com estados e municípios. A
situação é muito diferente em cada lugar”, disse o ministro.
Segundo Mercadante, para uma mudança nos parâmetros de reajuste do piso
no Congresso, será preciso haver “entendimento e negociação”. “Caso
contrário, isso não vai contribuir para o ambiente educacional. Nós
podemos ter um acirramento das greves, que não interessa aos estudantes e
não interessa ao Brasil.”
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ass. Angelo Roncalli
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