Qui, 25 de Abril de 2013 17:13 Agência CNM
A
proposta que fixa a carga horária dos fonoaudiólogos em 30 horas
semanais foi totalmente vetada pela presidente da República Dilma
Rousseff. A Confederação Nacional de Municípios (CNM) se posicionou
contrária ao projeto quando ele ainda tramitava no Congresso Nacional,
pois dentro do Sistema Único de Saúde, as prefeituras são as principais
contratantes desses profissionais, assim o impacto da proposta seria
negativo.
De
acordo com mensagem de veto publicada nesta quinta-feira, 25 de abril,
no Diário Oficial da União, o projeto aprovado no Congresso representa
“contrariedade ao interesse público”. A decisão da Presidência foi
tomada com base na posição de três Ministérios: da Fazenda, do Trabalho e
Emprego e da Saúde.
Contratações De
acordo com levantamento feito pela CNM para a elaboração do parecer,
existem 16.208 fonoaudiólogos registrados no Departamento de Informática
do SUS (Datasus). Deste total, 5.152 são contratados pelos governos
municipais. Os Municípios são responsáveis, por tanto, por pouco mais de
31% desses profissionais.
A
rede privada é a maior contratante, com 9.357. Mas, se for levada em
consideração apenas os fonoaudiólogos prestadores de serviço na rede
pública, a participação dos Municípios é ainda maior: 75%.
Segundo
o Conselho Federal de Fonoaudiologia existem 36.477 profissionais no
Brasil. O piso salarial é estipulado pelos conselhos estaduais. A média
de Estados como Minas Gerais, Rio de Janeiro, Ceará, Amazonas e Pará é
de R$ 1.886.
Além
da questão financeira, no parecer contrário, a CNM ressalta que a
proposta fere a autonomia do ente municipal garantida pelo artigo 18 da
Constituição Federal.
Veja Mensagem de veto
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ass. Angelo Roncalli
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