02/12/2011
Emenda 29: Ziulkoski destaca as reivindicações em relação ao projeto
Com
o compromisso assumido pelo presidente do Senado, José Sarney
(PMDB-AP), e o anúncio do relator da proposta que trata da
regulamentação da Emenda 29, Humberto Costa (PT-PE), de
que vai apresentar uma nova proposta do governo federal, a Confederação
Nacional de Municípios destaca algumas reivindicações.
De acordo com o presidente da entidade, Paulo Ziulkoski os três
principais pontos que precisam ser revistos no substitutivo do PLS
121/2007, na visão do movimento municipalista, são: a definição de porcentual mínimo para a União, a base de cálculo do porcentual mínimo dos Estados e da União e a Contribuição Social para a Saúde (CSS) – criada sem base de cálculo e sem previsão de partilha entre os Entes.
Em relação à definição de porcentual mínimo para a União, a CNM
esclarece que é necessário adequar os artigos 1.º e 5.º ao texto
constitucional para definir o porcentual mínimo que a União investirá em Saúde. Para Ziulkoski, o ideal é a proposta do texto original que fixa em no mínimo de 10% da receita corrente bruta da União para o setor.
Na base de cálculo do porcentual mínimo dos Estados e da União,
para a CNM é necessário evitar perdas financeiras para o Sistema Único
de Saúde (SUS). E no texto aprovado pela Câmara, o inciso 2,o do artigo 6.o autoriza a dedução dos recursos destinados ao Fundo Nacional de Educação Básica (Fundeb) por Estados e Distrito Federal.
Perdas financeiras Pelos dados da CNM, com base nas estimativas de 2011, a
orientação acima acarretará prejuízo para o SUS de mais de R$ 7,1
bilhões ao ano. Além disso, a CNM defende a igualdade entre os Entes, e
no artigo 45 do substitutivo da Câmara, a União será beneficiada nas regras de deduções na base de cálculo.
Já na contribuição para a Saúde – criada no projeto da Câmara sem base de cálculo, nos artigos de 12 a
27 –, Ziulkoski questiona que não há previsão de partilha entre os
Entes. Ele salienta a pesquisa realizada pelo Senado que mostra a
rejeição da população com a criação de novos impostos para financiar a
Saúde, 91% contra.
Movimento municipalistaO
presidente da CNM relembra que durante mobilização dos Municípios no
Congresso Nacional, o presidente colocou em votação o substitutivo
apresentado pela Câmara dos Deputados, e estabeleceu prazo de até 6 de
dezembro para conclusão. O plenário decidiu manter o regime de urgência.
Sarney disse que a regulamentação do financiamento da Saúde vigorará já
em 2012.
“Precisamos da definição de percentuais mínimos para as três
esferas de governo investirem em Saúde, atendendo o que determina a
Constituição brasileira”, reafirma Ziulkoski. O líder
municipalista anuncia que a população brasileira e os gestores
municipais pedem que o compromisso assumido no dia 30 de novembro seja
mantido.
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ass. Angelo Roncalli
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