CONGRESSO
16/12/2011 - 18h41
16/12/2011 - 18h41
AGÊNCIA SENADO
Com informações da Agência Câmara
A
Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização (CMO) já
aprovou seus dez relatórios setoriais e agora se prepara para a votação
do relatório final. O texto deve ser apresentado na próxima
segunda-feira (19) pelo relator-geral do Orçamento 2012, deputado
Arlindo Chinaglia (PT-SP).
De
acordo com o atual cronograma, a votação final do orçamento na CMO
acontecerá na quarta-feira (21) e, se aprovado, o projeto seguirá para
análise e votação dos deputados e senadores, em sessão do Congresso, na
quinta-feira (22).
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Na terça-feira, às 14h, será
a votação do relatório do Comitê de Avaliação das Informações sobre
Obras e Serviços com Indícios de Irregularidades Graves (COI),
coordenado pelo deputado Weliton Prado (PT-MG). O documento recomenda o
bloqueio orçamentário, em 2012, de cinco obras com indícios de
irregularidades graves - como superfaturamento, projeto básico
deficiente e licitação irregular.
Outras 22
obras foram apontadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU) como
problemáticas, mas estas devem receber recursos, uma vez que seus
gestores deram ao COI garantias de solução das pendências, com
repactuação dos contratos e revisão de projetos.
Ainda na terça-feira haverá sessão do Congresso para votação do Plano Plurianual (PPA) 2012/2015.
Relatórios setoriais
O
relatório final do orçamento é formado por dez relatórios setoriais que
abrangem áreas diversas, como Saúde, Infraestrutura, Poderes do Estado e
Representação, Trabalho, Previdência e Assistência Social; e Justiça e
Defesa, entre outras. A fase setorial foi marcada por poucos embates
políticos e rápidas votações. Um acordo dos líderes permitiu que todos
os destaques apresentados nessa fase fossem rejeitados e remetidos ao
relator-geral, que decidirá se vai incluí-los no texto final. Segundo
Chinaglia, esses destaques somam R$ 63 bilhões.
Ainda
assim, a conta não inclui os reajustes salariais dos servidores,
magistrados e procuradores do Poder Judiciário e do Ministério Público
da União - cujas reivindicações somam cerca de R$ 10 bilhões -, nem dos
aposentados que ganham acima do salário mínimo, um dos tópicos que
Chinaglia pode atender.
A estimativa de receita
líquida feita pelo relator dessa área, senador Acir Gurgacz (PDT-RO),
permanecerá a mesma apresentada por ele em outubro, de R$ 937,8 bilhões.
Embora pudesse aumentar a previsão, o relator afirmou que não houve
mudanças significativas no quadro econômico que justifiquem uma
atualização dos números.
Pesou na decisão o
fato de a primeira estimativa já ter produzido uma receita adicional
robusta (R$ 26,1 bilhões), a maior dos orçamentos recentes. Além disso, o
governo divulgou um pacote de desonerações para estimular a economia,
com redução das alíquotas de IPI, IOF, PIS e Cofins, que deve ter
efeitos sobre a arrecadação de 2012.
Outro fator
foi a retração do Produto Interno Bruto (PIB) no terceiro trimestre,
que teve crescimento nulo, também com impacto sobre o próximo ano. Esses
eventos poderiam levar a uma receita menor, mesmo que o parecer de
Gurgacz não apresente todas as receitas possíveis do próximo ano. Ficou
de fora, por exemplo, uma eventual arrecadação com a concessão dos
aeroportos, já anunciada pelo governo.
Apesar da
busca pelo consenso para que a aprovação do orçamento saia até o Natal,
a oposição insiste em alguns pontos. Quer, por exemplo, incluir obras
da Petrobras no relatório do COI. Também pressiona Chinaglia para
destinar mais recursos para a agricultura, Lei Kandir e reajustes de
servidores públicos, e de aposentados e pensionistas do INSS.
Da Redação
(Com informações da Agência Câmara)
(Com informações da Agência Câmara)
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