30/03/2012 - 19h10 Comissões - Assuntos Econômicos - Atualizado em 30/03/2012 - 19h11
AGÊNCIA SENADO
José Paulo Tupynambá
Entre os 10 itens da pauta que a Comissão de Assuntos Econômicos
(CAE) vota na próxima terça-feira (3) está o Projeto de Lei do Senado
(PLS) 21/09,
de autoria do ex-senador Papaléo Paes (PSDB-AP). A proposta amplia o
prazo de isenção do Imposto de Renda da Pessoa Física incidente sobre o
ganho de capital decorrente da venda de imóvel residencial, caso o
contribuinte adquira outro imóvel residencial.
O prazo para a aquisição do novo imóvel, hoje de 180 dias, é ampliado
para 365 dias. O relator da matéria, que tem decisão terminativa na
CAE, é o senador Eduardo Suplicy (PT-SP). O voto é pela aprovação do
projeto, já aprovado pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania
(CCJ). A proposta altera o artigo 39 da Lei nº 11.196, de 21 de novembro
de 2005, também conhecida como “Lei do Bem”.
Música
Outra proposta em caráter terminativo na CAE é o PLS 345/2006,
de autoria do senador Cristovam Buarque (PDT-DF). A proposta concede
isenção do Imposto de Importação, do PIS e da Cofins incidentes sobre a
importação de instrumentos musicais, suas partes e acessórios. A
proposta foi aprovada na Comissão de Educação, mas tem parecer contrário
do relator na CAE, senador Armando Monteiro (PTB-PE).
Argumenta o relator que o projeto, “apesar de bem intencionado,
incentiva fortemente à importação de instrumentos musicais, concedendo a
estes, ainda que tenham similar nacional, vantagem comparativa
injustificável”.
- A ampla e irrestrita isenção equivaleria à decretação do fim da
emergente indústria nacional de instrumentos musicais, que, pasmem,
seria mais pesadamente tributada em território nacional que os produtos
importados – argumenta o relator.
Reserva Global de Reversão
Outro item da pauta é o projeto (PLS 372/11)
que extingue a cobrança das quotas da Reserva Global de Reversão (RGR),
encargo criado em 1957, a ser pago pelas empresas concessionárias, para
cobrir indenizações decorrentes da extinção de serviços de energia
elétrica. Vem sendo usado, no entanto, para custear a expansão e a
melhoria dos serviços, além de financiar investimentos em fontes
alternativas de energia.
De acordo com os dados apresentados pelos senadores Ana Amélia
(PP-RS) e Armando Monteiro, a arrecadação com a PGR chega a R$ 2 bilhões
anuais. O relatório do senador Humberto Costa (PT-PE) é pela aprovação,
adotando, no entanto, a sugestão do senador Walter Pinheiro (PT-BA),
relator na Comissão de Infraestrutura, de que a extinção seja gradual. O
argumento para isso é que importantes programas do governo, como o Luz
Para Todos, dependem desses recursos.
A legislação prevê o fim da cobrança em 2035. O texto já aprovado na
CI e que será votado na CAE determina o fim do encargo em 2023.
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