Agência Senado
Tércio Ribas Torres
O Senado protocolou nesta quinta-feira
(25) recurso junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) na tentativa de
retomar a tramitação do Projeto de Lei da Câmara (PLC) 14/2013. O agravo regimental sustenta que a liminar concedida pelo ministro Gilmar Mendes representa ingerência nas competências do Poder Legislativo.
A decisão de Gilmar Mendes suspendeu a
tramitação do projeto, que restringe o acesso de novos partidos ao Fundo
Partidário e ao tempo de TV. De acordo com o ministro, houve “extrema
velocidade” no exame da matéria, aparente casuísmo em prejuízo das
minorias políticas e contradições entre o projeto e normas
constitucionais. A foi provocada por mandado de segurança impetrado pelo
senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF).
O agravo regimental é um recurso
judicial que pede o reexame de uma decisão monocrática (de um único
juiz) pela composição completa da Corte. Renan acrescentou que o agravo
será uma oportunidade de o STF fazer uma “revisão” sobre a decisão
tomada.
O presidente do Senado negou que haja
uma crise entre Legislativo e Judiciário, mas disse ser inconcebível uma
tentativa de influência externa no andamento do processo legislativo.
Para Henrique Alves, a provocação ao
STF foi equivocada. Ele reforçou o discurso de Renan, ao dizer que não
aceita intromissão de outro poder no Congresso. Alves disse que o
Congresso não interfere na forma de votar dos ministros do STF e também
não pode aceitar qualquer interferência na forma constitucional e
regimental de decisão do Legislativo.
- Esperamos que o Supremo possa rever essa posição, fazendo justiça
ao papel constitucional do Congresso – disse o presidente da Câmara.
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