Wilson Dias/ABMais uma vez, o auditório do Senado Federal ficou lotado por prefeitos insatisfeitos com a Emenda 29 da Saúde, os
Royalties,
as finanças municipais e em especial com a devulgação do novo piso do
magistério – anunciado pelo Ministério da Educação (MEC), nesta
segunda-feira, 27 de fevereiro.
Agencia LAR/CNMO
presidente da Associação dos Municípios do Mato Grosso do Sul
(Assomasul), Jocelito Krug, afirma que a maioria dos prefeitos do seu
Estado vai ter dificuldade para pagar o novo valor. “A gente espera que o
governo complemente esse valor. O governo federal precisa ajudar ou os
Municípios vão afundar e os prefeitos estarão todos descuprindo a Lei de
Responsabilidade Fiscal”, teme Krug.
Ele ressalta a importacia da
mobilização. “Temos que acampar em Brasília, se preciso para resolver os
problemas até o fim do mandato. Estamos no segundo ano da presidente
Dilma Rousseff e a liberação de recursos tem sido um entrave, são mais
de R$ 24 bilhões a serem transferidos, e não são. Só temos até abril pra
abrir licitações, são menos de 60 dias para colocar a casa em ordem”,
diz preocupado o presidente da Assomasul.
Impacto de R$ 7 bilhões
A
Confederação Nacional de Municípios (CNM) aponta que o reajuste de 22%
do piso dos professores causará um impacto de R$ 7 bilhões no orçamento
municipal em 2012. O salário do magistério passa para R$ 1.451,00.
Presidentes de entidades estaduais de várias partes do país confirmam
que seus Municípios não devem ter condições de pagar os novos valores
aos professores.
Agencia LAR/CNM
O presidente da Associação Rondoniense
de Municípios (Arom), Laerte Gomes, acredita que a participação dos
gestores é importante na mobilização, porque a municipalidade brasileira
vivencia um importante e decisivo momento. “Estamos aqui para tratar de
ações e estratégias a serem traçadas para todo ano”, disse. Gomes
enfatizou que os Municípios do Estado não devem conseguir pagar o piso e
que isso pode gerar um constraste com os professores do nível superior.
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presidente da Associação Goiana de Municípios (AGM) Marcio Cecílio,
reclama que essa é a terceira vez que o governo aumenta o piso dos
professores e o governo nunca ajudou com nenhuma complementação. “o
governo acena para uma conquista importante, mas não se sentaram para
discutir o assunto com os Municípios. Precisamos afinar a conversa para
tocar a mesma música”, explica Márcio.
Municípios não sabem como pagar professores
No
Rio Grande do Sul, a situação também não é diferente, o prefeito de
Sinimbu, Mario Rabuske, ressalta que seu Município vai conseguir pagar o
piso com muito sacrificio “Vamos ter de deixar outras áreas em débito
para conseguir sanar essa. Não quero terminar meu mandato com problemas
fiscais”, conta.
Agencia LAR/CNMO
Município de Soledade (RS), com 31 mil habitantes, vai conseguir pagar o
piso somente nos próximos seis meses, depois não tem como arcar com o
reajuste afirma o prefeito, Gelson Renato. “Nos deviamos fazer uma greve
de fome aqui no Salão Verde. Tenho certeza que só com uma ação drástica
como essa vai fazer a grande imprensa e o governo se sensibilizar com
nossa situação”, conta Gelson.
O presidente da CNM, Paulo Ziulkoski,
mediou o encontro que ocorreu no auditório Petrônio Portela, no Senado
Federal. Além do Piso, o encontro tratou de questões da Saúde, royalties
e fim de mandato. O líder disse ainda que os gestores devem
desacostumar os governos federal e estadual e parar de pagar mais do que
a lei determina que seja pago.
“A maioria dos Municípios paga 22%,
quando o que a lei determina é 15%. Essas atitudes de boa intenção
deixam os governos mal-acostumados, viciados em reduzir os recursos de
programas e ações públicas”, acrescenta o líder municipalista.
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ass. Angelo Roncalli
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